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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Glossário de termos Bancários



A

Ação: Ação é um título mobiliário que corresponde ao direito de uma fração de uma empresa, representando uma parte do capital social da mesma. Quem possui ações detém uma parte da empresa, e por isso recebe parte proporcional dos lucros. As ações podem ou não ser negociadas em Bolsas de Valores, trata-se de um título negociável, que representa a menor parcela em que se divide o capital de uma Sociedade Anônima (S/A).

Ação ao portador: Ação ao portador é aquela que não apresenta o nome do proprietário, que pertence a quem detém seu poder. Desde 1990 o Brasil não tem mais ações ao portador, como forma de coibir o uso destes papéis na lavagem de dinheiro e na evasão fiscal.

Ação cheia (com): Ação cujos direitos (dividendos, bonificação, subscrição e outros) ainda não foram exercidos.

Ação de primeira ou segunda linha: As de primeira linha são ações das empresas mais tradicionais, de grande porte, e que têm maior liquidez - facilidade de negociação. Correspondem às blue chips, do termo em inglês. As de segunda linha são ações com menor liquidez, embora também possam incluir empresas sólidas.

Ação com valor nominal: Ação que tem um valor impresso, estabelecido pelo estatuto da companhia que a emitiu.

Ação escritural: É uma ação que circula no mercado de capitais sem a emissão de certificado. É escriturada por um banco, o qual é o depositário das ações da empresa e processa os pagamentos e transferências por meio da emissão de extratos bancários. Apesar de um número reduzido, ainda existem no mercado ações com emissão de certificados.

Ação listada em bolsa: Ação negociada no pregão de uma bolsa de valores.

Ação Nominativa: Ação que identifica o nome de seu proprietário. Ele terá efetivamente a posse da ação depois do lançamento no Livro Registro das Ações Nominativas, que é controlado pela empresa.

Ação Objeto: Valor mobiliário a que se refere uma opção.

Ação Ordinária: Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa: confere a seu titular o direito de voto em assembléia.

Ação Preferencial: Ação que oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral não concede direito a voto em assembléia. A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresas antes dos outros acionistas que detêm ordinárias. Além disso, o valor do dividendo da preferencial deve ser no mínimo 10% superior ao da ordinária. As ações preferenciais apenas proporcionam direito a voto em situações especiais: quando a empresa deixa de pagar dividendos por três anos consecutivos, até que a empresa volte a pagar dividendos, e quando estiver em votação alteração dos direitos dos preferencialistas.

Ação sem valor nominal: Ação para a qual não se convenciona valor emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do lançamento.

Ação vazia (ex): Ação cujos direitos (dividendo, bonificação, subscrição) já foram exercidos.

Acionista: Aquele que possui ações de uma sociedade anônima.

Acionista majoritário: É o indivíduo, ou conjunto de indivíduos, que possui o efetivo controle administrativo da empresa, por conta da posse de número suficiente de ações ordinárias (ON).

Acionista minoritário: É o indivíduo que não detém o controle da empresa. É o caso do que possui ações ordinárias (ON), com direito a voto, mas em quantidade insuficiente para ser o controlador, e também o caso do que detém ações preferenciais (PN), qualquer que seja a quantidade, porque este acionista não tem direito a voto.

ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio: É uma linha de crédito para empresas exportadoras que já tenham vendido sua mercadoria para outros países. É um crédito que custa menos que os empréstimos em moeda nacional. O exportador assume o risco de alguma variação cambial brusca para cima ampliar muito seu endividamento. O risco desta operação é reduzido, no entanto, porque a empresa também vai receber seus créditos do comprador em dólares. Casando suas receitas com suas dívidas, a empresa corre menos risco.

ADR - American Depositary Receipt: É um certificado, emitido por bancos norte-americanos, que representa ações de uma empresa fora dos Estados Unidos. Muitas empresas brasileiras têm suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque através deste instrumento. A empresa ganha visibilidade no mercado internacional e pode ter maior facilidade em captar recursos no exterior, através de empréstimo ou mesmo emissão de novas ações. Os grandes investidores estão sempre comparando os preços das ações de uma empresa no Brasil com seu preço equivalente em Nova Iorque, com base nos seus ADRs. Quando há uma distorção de preços - ou seja: quando fica mais barato comprar num lugar e vender em outro com lucro -, o que também é chamado de arbitragem, os investidores aproveitam para ampliar seus ganhos, comprando onde está barato e vendendo onde está caro.

After market: Nome do pregão eletrônico realizado na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) à noite, após o fechamento do pregão normal, até as 22 horas.

AGE - Assembléia Geral Extraordinária: Reunião de acionistas de companhia de capital aberto com o objetivo de discutir assuntos do interesse social da empresa. A reunião é convocada e instalada na forma da lei e dos estatutos, porém sua convocação não é obrigatória.

Ágio: É a diferença a mais, na compra de um título, ação, bem ou moeda, entre o valor nominal (oficial) e o valor pago pelo comprador.

AGO - Assembléia Geral Ordinária: Reunião convocada obrigatoriamente pela diretoria da companhia de capital aberto para a verificação dos resultados, leitura, discussão e votação dos relatórios de diretoria e eleição do conselho fiscal da diretoria. Deve ser realizada até quatro meses depois do encerramento do exercício social.

Alavancagem: Termo utilizado no mercado financeiro para designar a obtenção de recursos para realização de determinadas operações. Trata-se de uma estratégia na qual o investidor pretende aumentar as possibilidades de rendimento através de empréstimos ou operações do mercado de derivativos. No caso de operações de crédito, a alavancagem acorre através de empréstimo de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro. Conseqüentemente, esta operação também aumenta o grau de risco da operação. Quanto maior é o grau de endividamento de uma empresa, maior é sua alavancagem. No caso dos derivativos, a partir do controle de um lote de ações, por exemplo, é possível fazer operações nos mercados de opção, a termo e futuro, a fim de aumentar as possibilidades de ganhos, embora também com maior risco. Dessa forma, o investidor se beneficiada da valorização (na compra) ou desvalorização (na venda) desses papéis, que pode resultar em significativa elevação de sua taxa de retorno, por ter trabalhado com alavancagem, e não apenas com o ativo no mercado à vista.

ALCA - Associação de Livre Comércio das Américas: É uma proposta de união comercial entre 34 países das Américas. Ela vem sendo negociada desde meados dos anos 90 e tem 2005 como prazo para o encerramento das negociações, para vigência a partir de 2006.

Alfa: Indicador utilizado no Ranking Anbid-Sharpe - Sharpe. É um estimador (variável matemática que estima) da rentabilidade do fundo que independe do comportamento do mercado de ações, representado pelo IBA - Índice Brasileiro de Ações. A Anbid calcula este indicador e outros (beta e R2) para avaliar os fundos de ações (inclui os antigos fundos carteira livre). Estatisticamente falando, alfa é uma estimativa de intercepto para y, quando x igual a zero, numa reta de regressão em que x é a variável independente. Em livros de estatística, é possível encontrar a demonstração matemática deste cálculo nas seções que expliquem reta de regressão. Em livros de finanças pode haver referências próximas ao termo risco.

Análise fundamentalista: É a projeção do comportamento futuro de preços de ativos - como ações - a partir do estudo do balanço e demonstração de resultados da empresa, informações setoriais e macroeconômicas. O uso conjunto destas informações permite que o analista recomende a compra ou venda dos ativos.

Análise gráfica ou grafista: É a projeção do comportamento futuro de preços de ativos a partir de cotações passadas, para se chegar a recomendações de compra e venda desses títulos. A análise é baseada em gráficos construídos a partir das séries históricas de cotações, procurando identificar padrões gráficos que sinalizem o comportamento futuro do papel.

AMEX - American Stock Exchange: A segunda maior bolsa de valores nos Estados Unidos (a primeira é a Bolsa de Nova York), transacionando cerca de 10 % de todas as ações negociadas no país.

Amortização: Extinção gradativa de uma dívida por meio de pagamento parcelado.

ANA (Aviso de Negociação de Ações): Comprovante de operação enviado pela Bolsa de Valores ao comitente (investidor).

ANBID: Associação Nacional dos Bancos de Investimento e Desenvolvimento. Entidade formada por várias instituições financeiras com sede no Rio de Janeiro.

Andar de lado: Mercado fraco, sem tendência definida estagnado. Expressão utilizada para indicar que o mercado está com uma tendência indefinida de elevação ou baixa dos negócios. Os operadores estão esperando por alguma sinalização e, enquanto isso, são prudentes em suas aplicações.

Andima - Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto: Instituição do mercado financeiro que reúne bancos comerciais, múltiplos ou de investimento, sociedades corretoras e distribuidoras de valores. Aplicação Emprego da poupança na aquisição de títulos, com o objetivo de auferir rendimentos.

Apregoação: Ato de apregoar a compra ou venda de ações, mencionando-se o papel, o tipo, a quantidade de títulos e o preço pelo qual se pretende fechar o negócio, executado por um operador, representante de sociedade corretora, na sala de negociações (pregão).

Arbitragem: 1. Operação na qual um investidor aufere um lucro sem risco, realizando transações simultâneas em dois ou mais mercados. 2. Sistemática que possibilita a liquidação física e financeira das operações inter-praças, por meio da qual a mesma pessoa, física ou jurídica, atuando no mercado a vista, poderá comprar em uma bolsa e vender em outra, a mesma ação, em iguais quantidades, desde que haja convênio firmado entre as duas bolsas. É uma operação de compra e venda de ativos financeiros ou reais que permite ao investidor ganhar unicamente pela diferença de preços. Por exemplo: suponha que comprar ações no Brasil e vender estes mesmos papéis em Nova Iorque custasse $ 1 por ação. Agora suponha que uma ação custa $ 10 na Bolsa de Valores de São Paulo e o equivalente a $ 15 na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Um investidor pode neste caso fazer uma arbitragem, para obter um lucro apenas pela diferença de preços nos dois locais, independentemente de acreditar que o preço da ação vai cair ou subir. No exemplo, o investidor compra a ação por $ 10, coloca mais $ 1 de custos, e tem um lucro de $ 4, ao vender a ação por $ 15 em Nova Iorque.

Arrendamento Mercantil (Leasing): Utilização de ativos fixos específicos sem deter efetivamente a sua posse. O arrendatário recebe os serviços dos ativos arrendados pelo arrendador, que possui os ativos. Exige-se um pagamento periódico, chamado contraprestação, dedutível para fins de imposto de renda. Um arrendamento operacional é geralmente um acordo cancelável a curto prazo; um arrendamento financeiro é um contrato não cancelável a longo prazo.

Asset management: São empresas cuja atividade consiste em administrar recursos de terceiros. Elas podem fazer parte de grupos financeiros, embora devam ser sempre independentes na tomada de decisões em relação à administração de recursos da própria empresa, não podendo haver junção na gestão dos recursos do banco com os de terceiros.

Ativo: 1 - Bens e direitos possuídos por uma empresa ou fundo de investimento. Para fundos de investimento, representa todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a carteira do fundo. 2 - O conceito se emprega tanto para empresa, quanto para o mercado financeiro. São bens concretos, direitos e valores que formam o patrimônio de uma empresa, opondo-se ao passivo (dívidas, obrigações etc.). No mercado financeiro, são valores diversos, como títulos de renda fixa, ações, ouro e moedas.

Ativo Circulante: Disponibilidade de numerário, recursos a receber, antecipações de despesa, bem como outros bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte.

Ativo Compensado: Contas com função precípua de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não compreendidas no patrimônio mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, inclusive os referentes a atos e fatos administrativos da execução orçamentária.

Ativo Financeiro: Todo tipo de aplicação financeira, como títulos de renda fixa públicos e privados, caderneta de poupança, ações, ouro, moedas estrangeiras e fundos de investimento. Corresponde aos créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária, bem como os valores numerários.

Ativo Fixo ou Permanente: São os ativos do balanço patrimonial que a empresa não tem intenção de vender a curto prazo e que, regra geral, são convertidos em dinheiro com menor rapidez, caso das instalações físicas, máquinas e equipamentos usados na produção, móveis. São bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Ativo Realizável a Longo Prazo: São direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte.

ATM - Automatic Teller Machine: Denominação usada para designar os caixas eletrônicos. Outro termo utilizado é "terminais de auto-atendimento", uma vez que estes equipamentos possuem uma variedade de funções, como realizar consultas gerais, pagamentos, aplicações e resgates, troca de senhas, emissão de cheque avulso e retirada de dinheiro.

Aumento de capital: Incorporação de reservas e/ou novos recursos ao capital da empresa. Realizado, em geral, mediante bonificação, elevação do valor nominal das ações e/ou direitos de subscrição pelos acionistas, ou também pela incorporação de outras empresas.

Aumento do valor nominal: Alteração do valor nominal da ação em conseqüência de reservas ao capital de uma empresa sem emissão de novas ações.

Aval: É uma garantia suplementar, dada por terceiro, através de ato formal, autônomo e independente da obrigação principal, ou seja, não podendo o avalista opor ao credor as exceções pessoais do avalizado. A duplicata poderá ser garantida por aval (art. 12 da Lei das Duplicatas), ainda que sem aceite, também constitui prova literal da dívida líquida e certa, pois o avalista, como qualquer outro signatário, se obriga pelo pagamento. No cheque, o aval é lançado no próprio corpo do cheque ou na folha de alongamento, exprimindo-se pela palavra 'por aval' ou outra equivalente, como a assinatura do avalista (art. 30 da Lei dos Cheques), registrando que o credor beneficiário do cheque com aval poderá cobrar o avalista após a apresentação do mesmo ao sacado. Não compensado o cheque por ausência de provisão ou por qualquer outro motivo, inclusive 'sustação', o avalista, que assumiu obrigação autônoma, poderá ser acionado. A nota promissória, letra de câmbio e demais títulos de crédito cambiariformes poderão ser garantidos por avais.

Avalista: É a pessoa física ou jurídica que intervém em títulos de crédito, na qualidade de co-obrigado, assumindo solidariamente, como principal pagador.



B

Balancete: Balanço parcial da situação patrimonial de uma empresa, referente a um período do seu exercício social, feito segundo as normas contábeis. Trata-se de um levantamento dos saldos devedores e credores de uma empresa feito, geralmente, mês a mês para retratar o andamento dos negócios.

Balança Comercial: Registra os valores FOB das exportações e o valor das importações. Se o valor das exportações superar os das importações, a balança comercial apresenta um superávit. Se acontecer o contrário teremos um déficit .

Balança de Pagamentos: O Balanço de Pagamentos é o resumo, expresso em unidades monetárias (US$), das transações ocorridas entre o país e o resto do mundo. Ele apresenta duas grandes contas: o saldo em transações correntes, que se refere às transações de bens e serviços realizadas pelos brasileiros com o exterior; e, o saldo de capitais que reflete o fluxo de moedas entre o país e o resto do mundo. A estrutura do Balanço de Pagamentos é a seguinte: 1. Saldo da Balança Comercial; 2. Saldo do Balanço de Serviços (que engloba pagamento de juros ao exterior, fretes, dólares gastos em turismo, etc); 3. Transferências unilaterais (que envolve transferências de pessoas/instituições entre o Brasil e outros países, sem contrapartida, ou seja, sem a necessidade de pagamento posterior); 4. Saldo em transações correntes ( que equivale a 1+2+3); 5. Conta de Capital; 6. Erros e Omissões; 7. Resultado (que equivale a 4+5+6, e reflete a variação das Reservas Cambiais).

Balanço Patrimonial: Demonstrativo contábil dos valores do ativo, do passivo e do patrimônio líquido de uma entidade jurídica, relativo a um exercício social completo. Tem como objetivo demonstrar a situação econômico-financeira da empresa, segundo as normas contábeis.

BACEN - Banco Central do Brasil: O Banco Central do Brasil foi criado em 1964, para atuar como órgão executivo central do sistema financeiro nacional. É o chamado “banco dos bancos”, com poder de intervenção previsto na Lei 6.024/74. Suas principais atribuições são: (1) Emitir papel moeda e moeda metálica; (2) Executar compra e venda de Títulos Federais (através de operações de Open Market) tanto para executar Política Monetária como para o próprio financiamento do Tesouro Nacional; (3) Receber depósitos compulsórios e voluntários do sistema bancário, assim como realizar operações de redesconto e outros tipos de empréstimos às instituições financeiras. (4) Ser o depositário das Reservas Internacionais do País; (5) Autorizar o funcionamento, fiscalizar e aplicar as penalidades previstas a instituições financeiras; Todas essas atividades do Banco Central são reguladas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Maiores informações sobre o BACEN estão no link http://www.fgc.org.br/libs/download_arquivo.php?ci_arquivo=13#search='titulares'.

Banco Comercial: Instituição financeira, pública ou privada, cuja carteira é voltada à intermediação do crédito de curto e médio prazos. Oferecem produtos bancários por meio dos quais captam recursos de agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) poupadoras ou superavitárias e os emprestam a agentes que necessitam de liqüidez para movimentar suas atividades.

Banco de Desenvolvimento: Instituição financeira pública não federal que tem como objetivo precípuo de proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, em médio e longo prazo, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado onde tenha sede, cabendo-lhe apoiar prioritariamente o setor privado.

Banco de Investimento: Nome dado às instituições financeiras que têm por principal atividade a intermediação de recursos voltados aos investimentos das empresas. Atuam na captação e empréstimo de recursos de médio e longo prazos, bem como em operações relacionadas aos mercados de ações e títulos privados, como a colocação de ações e a distribuição de debêntures.

Banco Múltiplo: Nome dado às instituições financeiras que operam com mais de um tipo de carteira. De acordo com as regulamentações do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central, a designação de banco múltiplo cabe aos bancos com pelo menos duas das seguintes carteiras, uma delas devendo ser necessariamente comercial ou de investimento: (i) carteira comercial; (ii) de investimento (ou de desenvolvimento, no caso de banco público); (iii) de crédito imobiliário; (iv) de crédito, financiamento e investimento; (v) de arrendamento mercantil.

Banco Mundial – Bird: O Banco Mundial foi fundado em 1944, com sede em Washington, e é a maior fonte de linhas de crédito para projetos de desenvolvimento. Seu objetivo é promover países em desenvolvimento num padrão de crescimento econômico sustentável e visando ao combate à pobreza. Sua instituição mais conhecida é o Bird, o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, que oferece linhas de crédito a países em desenvolvimento. O Banco Mundial é uma organização de direito privado, da propriedade de mais de 180 países, todos acionistas, cuja participação varia em função das suas contribuições ao banco.

Base Monetária: A base monetária corresponde à criação primária de moeda (pelo Banco Central). Ela é divulgada em dois conceitos pelo Banco Central do Brasil: num conceito mais restrito, por convenção, corresponde ao total de papel-moeda em circulação somado às reservas bancárias, e, num mais amplo, corresponde ao total da base restrita, mais os depósitos compulsórios em espécie e títulos federais (tanto do BACEN, quanto do Tesouro) fora do Banco Central.

BBC - Bônus do Banco Central: É um título de renda fixa de curto prazo emitido pelo Banco Central. Título de responsabilidade do Banco Central do Brasil, emitido para fins de política monetária, exclusivamente sob a forma escritural, no Selic. Título de rentabilidade prefixada ou de rentabilidade pós-fixada definida pela Taxa Selic.

BDR - Brazilian Depositary Recepts: Títulos emitidos por empresas estrangeiras no Brasil, para captar investimentos. Títulos representativos de valores mobiliários emitidos por instituição depositária no País, cujo lastro seja valores mobiliários de empresas estrangeiras e depositados junto à instituição custodiante de programa de BDR no exterior.

Benchmark: 1 - Referencial utilizado para o acompanhamento do desempenho de um investimento ou de um mercado, assim também como base para cálculo da taxa de performance de fundos de investimento que contenham essa previsão. 2 - Padrão de referência utilizado para se comparar a rentabilidade entre os investimentos, títulos e taxas de juros, de tal modo a saber se os demais itens a serem comparados se encontram acima ou abaixo em relação ao que é proposto como referência. Exemplo: se o benchmark de um FIF é o CDI, a rentabilidade esperada do fundo deve ser igual ou superior a do CDI.

Bens de Capital (ou Produção): São os bens que servem para a produção do outros bens, tais como máquinas, equipamentos, material de transporte e construção.

Bens Intermediários: São aqueles bens que são absorvidos na produção de outros, como o açúcar nas balas, os componentes na televisão etc.

Benefícios: Dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição distribuídos, por uma empresa, a seus acionistas.

Beta: Indicador utilizado no Ranking Anbid-Sharpe - Sharpe. É uma estimativa do nível de oscilação que se deve esperar de um fundo (ou ativo qualquer) como resposta a variações do mercado de ações (representado pelo IBA - Índice Brasileiro de Ações, no caso do cálculo realizado pela Anbid). Um beta igual a 2, por exemplo, indica que quando o IBA sobe 1% o fundo tende a subir 2%. E vice-versa no caso de queda de preços. Estatisticamente falando, o beta estabelece uma relação de proporção entre a variação de mercado (variável independente) com a variação da ação (variável dependente). Quanto maior o beta, maior o risco do papel. Um beta negativo significa que quando o mercado está subindo, a ação tende a cair e vice-versa.

BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento): Com sede em Washington, foi estabelecido em 1959, contando atualmente com 46 países-membros, alguns fora das Américas (especialmente países desenvolvidos que contribuem com recursos). O banco oferece linhas de crédito para governos e empresas de países da América Latina e Caribe com o objetivo de promover o desenvolvimento regional. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Block-trade: Leilão de grande lote de ações nas bolsas de valores.

Bloqueio de posição: Operação pela qual um aplicador impede o exercício de sua posição mediante a compra, em pregão, de uma opção da mesma série da anteriormente lançada.

Blue chip: Em geral, ações de empresas tradicionais de grande porte, com grande liquidez e procura no mercado de ações. Sinônimo de ações de empresas de primeira linha.

BM & F (Bolsa de Mercadorias e Futuros): 1 - Entidade privada, sem fins lucrativos, que tem por objetivo principal organizar, prover o funcionamento e desenvolver mercados livres e abertos para negociação de quaisquer espécies de títulos e/ou contratos referenciados em ativos, nas modalidades à vista e para liquidação futura. 2 - Bolsa na qual são negociados contratos futuros de juros, câmbio, índice de bolsa e de mercadorias, como boi gordo, ouro e café, entre outros contratos, como ouro à vista.  Teve as suas atividades integradas com a BOVESPA em 2008.

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ex-autarquia federal criada pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei nº 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população.

Bolsa de Mercadorias: Mercado centralizado para transações com mercadorias, sobretudo os produtos primários de maior importância no comércio internacional e interno, como café, açúcar, algodão, cereais etc. Realizando negócios tanto com estoques existentes quanto com mercados futuros, as bolsas de mercadorias exercem papel estabilizador no mercado, minimizando as variações de preço provocadas pelas flutuações de procura e reduzindo os riscos dos comerciantes.

Bolsa de Valores: 1 - Instituição com ou sem fins lucrativos na qual se negociam títulos e ações. Estas negociações podem ser feitas à vista ou a termo (com prazo definido de vencimento). Os negócios de oferta de compra e venda devem ser feitos em pregões. Modernamente estes pregões são eletrônicos, mas ainda existem pregões a viva-voz (ao vivo), quando operadores fazem suas ofertas aos gritos para seus colegas, num local físico determinado, também chamado pregão. 2 - Ambiente de negociação em local físico definido, com sistema de negociação eletrônico (ou viva-voz) e regras adequadas à realização de operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, bem como à divulgação das mesmas.

Bolsa de Valores de Nova York (NYSE): A maior e mais importante bolsa de valores do Mundo. Também conhecida como Big Board, de onde é apurado o índice Dow-Jones que é composto por 30 empresas.

Bolsa em alta: Quando o índice de fechamento de determinado pregão é superior ao índice de fechamento anterior.

Bolsa em baixa: Quando o índice de fechamento de determinado pregão é inferior ao índice de fechamento anterior.

Bolsa estável: Quando o índice de fechamento de determinado pregão está no mesmo nível do índice de fechamento anterior.

Bonificação em ações (filhotes): Ações emitidas por uma empresa em decorrência de aumento de capital, realizado por incorporação de reservas e/ou de outros recursos, e distribuídas gratuitamente aos acionistas, na proporção da quantidade de ações que já possuem.

Bonificação em dinheiro: Distribuição aos acionistas, além dos dividendos, de valor em dinheiro referente a reservas até então não incorporadas.

Bonificações: Remuneração paga ao acionista em decorrência do aumento do capital, ocorrido pela incorporação de reservas ou outros recursos, efetuada na proporção da quantidade de ações que detém. Pode ser paga em ações (distribuição gratuita de ações aos acionistas) ou em dinheiro.

Bônus de subscrição: São títulos negociáveis que conferem ao titular o direito de comprar ações desta mesma empresa dentro de um prazo estabelecido, por um preço predeterminado. Ou seja, garante ao acionista o direito de subscrever ações. Caso o acionista não efetue a compra da ação no período estipulado, perderá seu direito e não terá restituição do valor pago pelo bônus. O bônus, portanto, é um direito, com prazo de expiração, como uma opção.

Bookbuilding: Processo de formação de preços de títulos e valores mobiliários.

Boom: Fase no mercado de ações em que o volume de transações ultrapassa, acentuadamente, os níveis médios em determinado período, com expressivo aumento das cotações.

Borderô: Documento onde são relacionados os títulos de crédito adquiridos que foram negociados com uma determinada empresa (de fomento mercantil, por exemplo), além de todas as demais condições da operação.

Bradies: São títulos da dívida externa brasileira lastreados em papéis do Tesouro dos Estados Unidos. O Brasil emitiu cerca de US$ 50 bilhões de títulos no processo de renegociação da dívida externa elaborado por Nicholas Brady, então secretário do Tesouro norte-americano. É daí que saiu o nome bradies. No mercado internacional da dívida externa brasileira, há nove tipos de papéis diferentes. Os bradies são os títulos de mercado emergente mais negociados no mercado norte-americano. Por isso, servem como indicador do nível de risco percebido e aceito pelos investidores internacionais. Um dos títulos da dívida externa brasileira mais importantes é o C-Bond.

BTC (Banco de Títulos Calispa): Serviço oferecido pela Calispa, no qual os investidores tem a possibilidade de disponibilizar suas ações custodiadas na BOVESPA (doadores) para empréstimo a outros investidores interessados (tomadores).



C

Cadastro de clientes: Conjunto de dados e informações gerais sobre a qualificação dos clientes.

Caderneta de poupança: Depósitos de poupança, em dinheiro. Trata-se de uma aplicação de renda fixa que paga juros de 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial. Regra geral, oferece menor rendimento que outras aplicações de renda fixa. Mas é a aplicação mais procurada pelo pequeno investidor, porque costuma ter um menor limite mínimo de depósito. Também oferece algum nível de segurança. A caderneta tem uma data mensal de aniversário e somente paga o rendimento para o dinheiro que ficou parado nesta conta entre os dois aniversários. Muitos bancos oferecem cadernetas com múltiplos aniversários. Na prática, estas contas têm um único número, mas funcionam como se fossem várias contas, cada qual com um aniversário. De qualquer forma, o rendimento somente é pago se o dinheiro ficou depositado desde o último aniversário da conta ou da sub-conta. É permitido sacar o dinheiro da poupança antes do aniversário, porém os juros referentes ao dinheiro sacado não serão pagos. O rendimento da caderneta de poupança costuma ser igual em todos os bancos, embora alguns ofereçam atrativos, como a compensação da CPMF – imposto extinto – (para aplicações acima de três meses), ou facilidades na tomada de crédito, incluindo juros mais baixos. O dinheiro da caderneta é a principal fonte de recursos para o financiamento de imóveis. A poupança não paga Imposto de Renda.

Caixa 2: Nome dado aos recursos que a empresa não declara para o fisco, que não têm registro nos livros contábeis. São valores sonegados, com o objetivo de reduzir o pagamento de impostos e/ou porque têm origem duvidosa. Muitas vezes, o caixa 2 acaba sendo usado em operações ilícitas, como pagamento de propinas a funcionários públicos ou depósitos em paraísos fiscais.

Caixa de registro e liquidação: Empresa responsável pela liquidação e compensação das negociações a vista, a termo e de opções, realizadas em bolsa.

Calispa: Empresa controlada pela Bolsa de Valores de São Paulo. Sua função é compensar e liquidar financeiramente as operações realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA).

Call: Opção que pode ser exercida pelo devedor numa operação de empréstimo com lançamento de títulos no exterior. Veja Opção de Compra de Ações.

Câmara de Compensação: Organização que reúne vários bancos de uma localidade com o objetivo de liquidar os débitos entre eles, compensando todos os cheques emitidos contra cada um dos seus membros, mas apresentados para cobrança em qualquer um dos outros. É uma central ou mecanismo de processamento central por meio do qual as instituições financeiras acordam trocar instruções de pagamento ou outras obrigações financeiras (Ex., valores mobiliários). As instituições liquidam os instrumentos trocados em um momento determinado com base em regras e procedimentos da câmara de compensação. Em alguns casos, a câmara de compensação pode assumir responsabilidades significativas de contraparte, financeiras ou de administração do risco para o sistema de compensação. As câmaras de compensação foram extintas no ano de 2011 após a implementação da truncagem (retenção dos cheques), onde as compensações passaram a serem feitas nas próprias agências bancárias receptoras dos cheques, na chamada compensação descentralizada. A truncagem foi implementada dentro de um processo de reestruturação do serviço de compensação, visando melhorias na segurança – com o fim do transporte de cheques banco a banco – e principalmente nos custos, que se reduziram drasticamente.

Câmbio: 1 - Negociação de moeda estrangeira, através da compra, venda ou troca da moeda de um país pela de outro. O câmbio exprime a relação de troca entre moedas de diferentes países, transação comum nas operações de comércio exterior (exportação e importação) e de transferências de capital, por qualquer motivo, seja investimento ou gastos com turismo. As cotações relativas das moedas são definidas por diversos fatores, dependendo basicamente da oferta e da procura por uma moeda. O nível de desenvolvimento econômico do país contribui para a definição de sua taxa de câmbio, bem como o nível de investimentos estrangeiros que recebe, seu nível de relação comercial com os demais países, sua situação fiscal, seu nível de juros, entre outros fatores. Países mais fortes economicamente, mais sólidos, tendem a ter moedas com maior aceitação internacional. 2 - Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes.

Capital: É a soma de todos os recursos, bens e valores, mobilizados para a constituição de uma empresa.

Capital Aberto (companhia de ): Empresa que tem suas ações registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) distribuídas entre um determinado número de acionistas, que podem ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

Capital autorizado: Limite estatutário, de competência de assembléia geral ou do conselho de administração, para aumentar o capital social de uma empresa.

Capital de Giro: Parte dos bens de uma empresa representados pelo estoque de produtos e pelo disponível (imediatamente e a curto prazo). Em contabilidade, é a parte do capital da empresa que se destina a tocar os negócios no dia-a-dia. É aquele dinheiro que vai ser usado para pagar salários, fornecedores e contas em geral. É importante que a empresa tenha capital de giro suficiente, caso contrário precisará tomar empréstimos no mercado, quando estiver apertada, sem caixa, para pagar seus compromissos. Este mesmo termo é usado pelos bancos para as operações de empréstimos para empresas, com prazo mínimo de 30 dias. Neste caso, o termo é usado vinculado à análises financeiras, e se refere a empréstimos a um dado nível de juro.

Capital de Risco: Capital investido em atividades em que existe a possibilidade de perdas.

Capital Fechado (companhia de): Empresa do tipo Sociedade Anônima (S.A.) em que o capital, representado pelas ações, é dividido entre poucos acionistas. Essas ações não são negociadas nas bolsas de valores ou no mercado de balcão.

Capital Social: Montante de capital de uma sociedade anônima que os acionista vinculam a seu patrimônio como recursos próprios, destinados ao cumprimento dos objetivos da mesma.

Capital social subscrito a integralizar: Parcela de subscrição que o acionista deverá pagar, de acordo com determinação do órgão que autorizou o aumento de capital de uma sociedade.

Capital social subscrito e realizado: Montante de capital social acrescido da parcela de subscrição paga pelo acionista.

Capitalização: Ampliação do patrimônio via reinversão de resultados ou captação de recursos, pela emissão de ações.

Capitalização dos juros: Cobrança de juros sobre juros. A cada início de mês, o novo juro é aplicado sobre a dívida total, que inclui o principal (empréstimo de fato) e os juros dos meses anteriores. No caso dos juros simples, a taxa incide apenas sobre o principal. Por exemplo, uma dívida de $ 100, com juro de 10% ao mês. No juro composto (capitalizado) a evolução da dívida iria para $ 110 no final do primeiro mês, $ 121 no final do segundo, e assim sucessivamente até que no final de um ano a dívida seria de $ 313,84. No juro simples, a dívida seria de $ 110 no final do primeiro mês, de $ 120 no final do segundo, e assim sucessivamente até chegar a $ 220 no final de um ano. Uma diferença de $ 93,84. Há uma discussão sem fim sobre se é correto ou não cobrar juros capitalizados. Mas esta conversa é mais moral do que prática, e não leva a lugar algum. Aparentemente, quem está devendo prefere o juro simples, porque teria uma dívida menor no vencimento. Acontece que na prática as coisas são diferentes. Vamos supor que o banco queira receber $ 313,84 por um empréstimo de $ 100 em um ano, e os tomadores de empréstimos aceitam pagar este montante, mas a lei proíbe o juro composto. Neste caso, o banco simplesmente converte o juro composto em taxa simples. No mesmo exemplo, bastaria que o banco cobrasse uma taxa mensal de 17,82%. Desta forma, através do juro simples, no valor de $ 17,82 por mês, cobrados apenas sobre o principal de $ 100, no final de um ano a dívida estaria nos mesmos $ 313,84. Não faz sentido discutir se o Brasil deve praticar juros compostos ou simples. A taxa composta é sem dúvida a mais usada, até pela sua praticidade. Se os juros estão altos, é preciso discutir os motivos macroeconômicos, a política econômica, o cenário internacional e, por que não, a disposição dos tomadores de empréstimos aceitarem juros absurdos. A calculadora aceita qualquer cálculo, e no final o devedor vai pagar mesmo os $ 313,84.

Captação: Obtenção de recursos para aplicação a curto, médio e/ou longo prazos.

Carta de Crédito: Carta cujo signatário autoriza o destinatário a entregar a uma terceira pessoa certa importância em dinheiro ou determinada quantidade de mercadorias.

Carteira administrada: Expressão que designa um portfólio de investimentos sob a responsabilidade de um gestor, a quem cabe a escolha das aplicações (ações, títulos e outros ativos e valores) de acordo com os níveis de remuneração e risco desejados. A carteira pode ser formada por recursos de um único investidor ou de um grupo deles, caso dos fundos de investimento.

Carteira de ações: Conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.

Carteira de investimentos: Conjunto de ativos financeiros pertencentes a uma pessoa ou empresa. A carteira de um investidor é o conjunto de todos os tipos de investimentos que ele possui. A carteira de um o operador de bolsas de valores ou de um fundo de investimento é o conjunto de todos os títulos, papéis ou valores que são objeto de negociação.

Carteira de títulos: Conjunto de títulos de rendas fixa e variável, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.

Caução: Depósito de títulos ou valores efetuados para o credor, visando garantir o cumprimento de obrigação assumida.

Cautela: Certificado que materializa a existência de determinado número de ações; também chamada título múltiplo.

C-Bond: (Front-Loaded Interest Reduction with Capitalization Bond): 1 - Título da dívida externa brasileira negociado no mercado internacional. A emissão desses títulos ocorreu em abril de 1994, com vencimento em abril de 2014. 2 - Capitalization Front-Loaded Interest Reduction Bond. Bônus de capitalização, emitido como parte da renegociação da dívida brasileira em 1994 (Plano Brady), com vencimento em 2014. Título utilizado para renegociação da dívida externa brasileira no período de moratória nos anos 1990. Foi durante muito tempo o principal papel da dívida externa brasileira. O nome "capitalization bond" (bônus de capitalização) vem do fato de que parte dos juros, nos primeiros seis anos, era capitalizada, e a taxa foi crescente até o ano de 2001. O título teve prazo de carência até 2004, quando passou a pagar amortizações semestrais.

CDB - Certificado de Depósito Bancário: São títulos de renda fixa, nominativos, emitidos pelos bancos comerciais e de investimentos, que pagam taxas de juros em determinado vencimento para seus compradores (pagamentos em datas preestabelecidas, remunerados a taxas pré ou pós-fixadas). O dinheiro captado nos CDBs é usado para as operações de crédito do banco. A liquidez é diária e ainda é permitida a transferência de titularidade. Há várias opções de aplicação, ideais para investidores de perfil conservador, que não gostam de correr riscos, pois são considerados investimentos seguros.
CDC - Crédito Direto ao Consumidor: Trata-se do financiamento pessoal concedido, pelas próprias vendedoras ou por financeiras, para aquisição de qualquer bem de consumo ou serviço. O consumidor passa a desfrutar imediatamente de um bem que será pago com sua renda futura. Os cartões de crédito também são uma forma de crédito direto ao consumidor.

CDI - Certificado de Depósito Interbancário: É um título de renda fixa que representa operações de crédito entre bancos. Um banco emite um CDI, vende este papel no mercado, e com isso consegue levantar dinheiro para suas necessidades. A taxa do CDI é divulgada diariamente, para operações de um dia ou por prazos maiores (30, 60 ou mais dias), regra geral como taxa anualizada. Instituições como Cetip e Anbid fazem apuração diária das médias destas taxas e divulgam ao mercado como parâmetro das taxas praticadas.

Certificado: Documento que comprova a existência e a posse de determinada quantidade de ações.

Certificado de depósito: Título representativo das ações depositadas em uma instituição financeira. Algumas empresas do Mercosul são negociadas nas bolsas de valores brasileiras por meio desse mecanismo.

Certificado de Desdobro: Comprovante do desdobramento de um certificado de ações em vários outros.


Cesta Básica: Conjunto de bens satisfazem as necessidades básicas de uma família de trabalhadores. O conceito de necessidades básicas varia conforme o nível médio de renda da população alvo. Como exemplo pode-se citar a cesta básica elaborada pelo Procon-São Paulo, que computa o preço médio de uma cesta de produtos alimentares, de higiene e limpeza consumidos por uma família padrão de quatro pessoas com renda de 10,3 salários mínimos, na região metropolitana de São Paulo.

Cetip - Central de Custódia e Liquidação de Títulos: Empresa criada pelas instituições financeiras, em parceria com o Banco Central, onde se custodiam, registram e liquidam financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais e municipais através de seu sistema eletrônico. Na Cetip ficam garantidas as operações, pois quem compra tem certeza da validade do título e quem vende tem certeza de recebimento do valor. Abrange também a liquidação financeira das transações realizadas na Bolsa de São Paulo (Bovespa), Bolsa do Rio de Janeiro (BVRJ) e Bolsa de Mercadorias e de Futuros (BM&F).

Chamada de bônus: Resgate de bônus pelo emitente, mediante o pagamento antes do vencimento.

Chamada de capital: Subscrição de ações novas, com ou sem ágio, para aumentar o capital de uma empresa.

Chinese Wall: Termo usado para designar a separação física e administrativa entre a tesouraria do banco e a gestora de fundos (asset management). Esta separação é exigida pelo Banco Central para evitar possíveis conflitos de interesses entre o banco e a administração dos recursos de terceiros.

Circuit breaker: Procedimento das bolsas que interrompe o pregão quando a variação do preço de um ativo ou do índice de ações atinge um limite predeterminado, tanto de alta quanto de baixa. O objetivo é evitar que causas localizadas gerem pânico entre os investidores. Este mecanismo não impede a alta ou baixa das ações e outros ativos, mas força que os movimentos acompanhem decisões conscientes sobre observações mais concretas, reduzindo o efeito do fator emocional, sempre muito presente nas bolsas.

Cisão: É o processo de transferência, por uma empresa, de parcelas de seu patrimônio a uma ou mais sociedades, já existentes ou constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresa cindida se houver versão de todo o seu patrimônio.

Clearing house: Clearing house - ou câmara de compensação - é o sistema pelo qual as bolsas garantem o cumprimento dos compromissos de compra e venda assumidos em pregão. Pode ser uma estrutura interna ou externa, adjunta à bolsa. A clearing é responsável pelo registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos.

Clube de investimentos: Grupo de pessoa físicas (máximo de cento e cinqüenta), que aplica recursos de uma carteira diversificada de ações, administrada por uma instituição financeira autorizada. O clube pode ou não ter como gestor um dos cotistas do clube, sendo que a administração deve ser em parceria com uma instituição autorizada, seja um banco de investimentos, uma corretora ou uma distribuidora. De acordo a Instrução n.º 40 de 1984 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cabe às bolsas de valores a função de registrar, regulamentar e fiscalizar os clubes de investimentos. Os clubes são isentos de CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) na compra e venda de ações.

CMN (Conselho Monetário Nacional): Órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional, subordinado ao Ministério da Fazenda. Ao CMN compete: estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. O CMN é constituído pelo ministro da Fazenda (presidente), pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen. Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC), composta pelo presidente do BACEN, na qualidade de coordenador, pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro diretores do BACEN, indicados por seu presidente. Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de normas e organização do sistema financeiro, de mercado de valores mobiliários e de futuros, de crédito rural, de crédito industrial, de crédito habitacional e para saneamento e infra-estrutura urbana, de endividamento público e de política monetária e cambial.

CNBV - Comissão Nacional de Bolsas de Valores: Associação civil sem fins lucrativos, que tem a função de representar os interesses das bolsas de valores do País perante as autoridades monetárias e reguladoras do mercado.

Colocação direta: Aumento de capital realizado pela subscrição de ações, pelos atuais acionistas, diretamente em uma empresa.

Colocação indireta: Aumento de capital realizado mediante subscrição, no qual a totalidade das ações é adquirida por uma instituição financeira ou por um grupo reunido em consórcio, para posterior colocação no mercado secundário.

Combinação de opções: Compra ou venda de duas ou mais séries de opções sobre a mesma ação-objeto, porém com preços de exercício e/ou datas de vencimento diferentes.

Comitente: Pessoa que encarrega uma outra de comprar, vender ou praticar qualquer ato, sob suas ordens e por sua conta, mediante certa remuneração a que se dá o nome de comissão.

Commercial paper: Título de curto prazo normalmente emitido por empresas de grande porte e reduzido risco de crédito. Estes papéis são vendidos pelas empresas aos investidores via instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários - uma corretora, por exemplo. É um meio de as empresas obterem recursos, sem pagar IOF, e a um custo menor que os juros bancários. O investidor, ou seja, o comprador de um commercial papper, pode vendê-lo antes mesmo do seu vencimento, transferindo sua titularidade.

Commodities: Termo em inglês que significa "mercadoria". Se referem a mercadoria em estado bruto ou produto primário com grande importância comercial, como por exemplo, café, milho, algodão, cobre, petróleo etc. Por ser um produto não-diferenciado (dado um nível de padrão), que não tem preço diferente por questões de marca, nem envolve alta tecnologia, é fácil criar mercados homogêneos para estes produtos. Por isso, é fácil ver um mercado internacional que negocia soja, café ou petróleo, mas não há uma bolsa negociando carros da marca x ou y.

Companhia: O mesmo que Sociedade Anônima, ou Sociedade por ações. As características e natureza da Sociedade Anônima estão descritas no Decreto Lei No 6.404, de 15 de Dezembro de 1976.

Companhia Aberta: Trata-se da Sociedade Anônima cujos valores mobiliários – ações, por exemplo – são negociados na bolsa de valores ou no mercado de balcão com investidores. Outras modalidades de valores mobiliários que podem ser negociados pelas companhias abertas são os bônus de subscrição, as debêntures e as notas promissórias para distribuição pública. As companhias abertas geralmente necessitam de recursos financeiros para realizar investimentos produtivos, tais como: construção de novas plantas industriais, inovação tecnológica, expansão da capacidade, aquisição de outras empresas ou mesmo o alongamento do prazo de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros excedentes, que precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo, contribuindo para o aumento de capital do investidor. Vale ressaltar que a atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão (organizado ou não) é restrita aos integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as instituições financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras devidamente autorizadas a funcionar pela CVM e pelo BACEN, que atuam em nome de seus clientes, os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas. Entende-se por títulos: ações, direitos de subscrição, debêntures e notas promissórias.

Compra em margem: Aquisição de ações a vista, com recursos obtidos pelo investidor por meio de um financiamento com uma sociedade corretora que opere em Bolsa. É uma modalidade de operação da Conta Margem.

Concordata: Recurso jurídico concedido à empresa insolvente (que não tem condições momentâneas de saldar seus compromissos nos prazo contratuais) para evitar ou suspender sua falência. Permite que a empresa continue com suas atividades, ficando obrigada a liquidar suas dívidas dentro de um prazo estabelecido judicialmente. Distingue-se, portanto, da falência, quando a empresa insolvente cessa todas as suas atividades.

Condomínio Aberto: Em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo.

Condomínio Fechado: Em que as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo.

Confirmação: Aviso que o corretor dá ao cliente da efetivação de uma negociação com ações.

Conta margem: Forma de negociação de ações que possibilita ao investidor obter, em uma sociedade corretora, financiamento para compra dos títulos e/ou empréstimo dos papéis para venda. Essas operações são feitas no mercado a vista de bolsa. O custo e liquidação do financiamento, bem como a remuneração do empréstimo dos títulos e sua devolução, são pactuados diretamente entre o investidor e a corretora.

Contas Públicas: O resultado das contas do setor público é conhecido como déficit público - que representa o excesso de gastos do Governo (em suas diferentes instâncias: Governo Federal e Banco Central; Estados e Municípios, ainda, empresas estatais) frente as suas receitas. Entretanto, esta contabilidade pode ser dividida em três níveis: (1) Déficit Nominal: corresponde ao resultado nominal das contas do setor público, ou seja, não é excluído o efeito da inflação sobre o fluxo de receitas e despesas do governo. (2) Déficit Operacional: corresponde ao resultado real das contas públicas, ou seja, exclui-se do resultado nominal o efeito da inflação. (3) Déficit Primário: corresponde ao resultado fiscal das contas públicas, ou seja, exclui-se do resultado operacional a despesa com juros que o Governo tem que pagar sobre as suas dívidas. Assim, o resultado puro das contas do Governo é representado pelo déficit primário, que diz, sem o efeito da inflação e dos juros pagos sobre as suas dívidas, se ele gastou mais ou menos do que a sua receita permitia. Entretanto, com as altas taxas de juros praticadas e o crescimento da dívida mobiliária, o acompanhamento do déficit no conceito operacional vem sendo cada vez mais relevante, uma vez que a despesa com juros representa uma grande fonte de gastos para o Governo. À medida que a estabilidade de preços for se firmando no país, o conceito de déficit nominal ganhará maior relevância, pois o efeito diminuto da inflação deverá dar novo sentido a esta estatística - tendendo a substituir a relevância do conceito operacional. O Banco Central divulga estes três conceitos de déficit público, só que sob a ótica da necessidade do seu financiamento. Ou seja, é divulgada a série de necessidades de financiamento do setor público, que é o mesmo que dizer: se o governo tem necessidade de financiamento, é por que tem déficit; enquanto que, se apresentar uma necessidade de financiamento "negativa", isso quer dizer que ele teve um superávit, ou seja, gastou menos do que arrecadou.

Controle Acionário: Posse, por um acionista ou grupo de acionistas, da maior parcela de ações, com direito a voto, de uma empresa, garantindo o poder de decisão sobre ela.

Conversão: Mudança das características de um título. No caso de ações, pode ser sua transformação, quanto à forma (de nominativa para escritural) ou à espécie (de ordinárias em preferenciais ou vice-versa) dependendo de deliberação de assembléia geral extraordinária e do disposto no estatuto social de uma sociedade anônima.

COPOM: Comitê de Política Monetária do BACEN. Esse comitê foi criado em 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária – mediante prévia avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados – e de definir a taxa de juros básica (taxa Selic). Essa taxa de juros fixada na reunião do COPOM vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do comitê. A criação do COPOM buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório do BACEN.

Corretagem: Taxa de remuneração de um intermediário financeiro na compra ou venda de títulos.

Corretor: Intermediário na compra e venda de títulos.

Corretora de Valores: Atua no mercado de capitais, comprando e vendendo ações e distribuindo títulos de valores mobiliários, de carteira própria e de terceiros. Opera fisicamente nas bolsas de valores, administra fundos de investimento, faz lançamento de ações ao público, administra carteira, faz custódia de valores mobiliários e intermedia operações de câmbio.

Cota: Partes iguais que dividem o patrimônio líquido de um fundo de investimento. O valor da cota é determinado pela divisão do patrimônio liquido pelo número de cotas do fundo de investimento.

Cotação: É preço de títulos, ações, moedas estrangeiras ou mercadorias que estão sendo negociadas. Termo utilizado principalmente nas bolsas de valores ou de mercadorias.

Cotação de abertura: Cotação de um título na primeira operação realizada em um dia de negociação.

Cotação de fechamento: Última cotação de um título em uma dia de negociação.

Cotação máxima: A maior cotação atingida por um título no decorrer de um dia de negociação.

Cotação média: Cotação média de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.

Cotação mínima: A menor cotação de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.

CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira: Cobrada sobre toda movimentação financeira. A alíquota atual é de 0,38%. Na prática, a cobrança acontece apenas quando há movimentação na conta corrente. Como toda aplicação em investimento ou troca de aplicação precisa necessariamente passar pela conta corrente, qualquer movimentação é tributada. A CPMF foi criada com o objetivo de destinar recursos para a área de saúde, embora haja muita controvérsia política sobre o destino efetivo do dinheiro. Do ponto de vista econômico, a contribuição é muito questionada porque cria ruídos no processo produtivo e é um imposto que vai se acumulando sobre outros. Para o mercado financeiro, é mais um custo que prejudica as operações, especialmente no mercado de ações, o que muitas vezes afasta os investidores internacionais. Seu nome antigo era IPMF (Imposto Provisório sobre a Movimentação Financeira).

Crack: Ocorre quando as cotações das ações declinam velozmente para níveis extremamente baixos.

CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários: Título mobiliário privado recentemente criado, e que começa a atrair a atenção de investidores, ampliando as possibilidades de investimento no setor imobiliário. São papéis emitidos por empresas securitizadoras e lastreados em contratos de financiamento de imóveis. O risco destes papéis é o de inadimplência dos contratos em que são lastreados. Por regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), só podem ser objeto de oferta pública CRIs com valor nominal a partir de R$ 300 mil, o que torna estes papéis inacessíveis aos pequenos investidores. Estes valores mínimos podem ser alterados a qualquer momento.
CRSFN (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional): O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, conforme disposto na Lei nº 9.069, de 29.06.95, e cuja Secretaria-Executiva funciona em Brasília (DF). O CRSFN foi criado pelo Decreto nº 91.152, de 15.03.85. Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o CRSFN, a competência para julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões relativas à aplicação das penalidades administrativas referidas nos itens I a IV do art. 1º do referido Decreto. Permanece com o CMN a competência residual para julgar os demais casos ali previstos, por força do disposto no artigo 44, § 5º, da Lei 4.595/64. Com o advento da Lei nº 9.069, de 29.06.95, mais especificamente em razão do seu artigo 81 e parágrafo único, ampliou-se a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil relativas a aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. O CRSFN tem o seu Regimento Interno aprovado pelo Decreto nº 1.935, de 20.06.96, com a nova redação dada pelo Decreto nº 2.277, de 17.07.97, dispondo sobre as competências, prazos e demais atos processuais vinculados às suas atividades.
Cupom cambial: É o rendimento em dólar, pago ao investidor que assume risco de investir em outra moeda (no caso brasileiro, o real), bem como a taxa de juro paga nos títulos com correção cambial. A diferença entre a taxa de juros interna e a desvalorização da taxa de câmbio do país equivale ao juro pago em dólar, ou cupom cambial. O cupom cambial tende a se elevar quanto maior for o risco de desvalorização do real, através do aumento dos juros internos. Um exemplo: se o juro interno está em 15%, e o real se desvaloriza 5%, o cupom cambial fica em 9,5% (juro composto). Se a desvalorização do real fica em 7%, o cupom cambial cai para 7,5%. Por isso, se há risco de uma desvalorização mais forte do Real, o governo precisa aumentar os juros internos, para manter atraente o juro pago em dólar para os investidores.

Custo de oportunidade: O quanto se deixa de receber de um investimento quando se opta por um segundo investimento. Por exemplo: quando se investe em ações, esperando um retorno, o custo de oportunidade pode ser o juro pago na caderneta de poupança, uma vez que o dinheiro investido nas ações não foi aplicado na caderneta. Este tipo de raciocínio é uma forma de tornar relativos os ganhos. Se dissermos que ganhamos 20% com uma ação é uma coisa. Se dissermos que ganhamos 20% com uma ação, mas poderiamos ter ganho 15% na caderneta de poupança, é outra coisa. Quando comparamos o rendimento da caderneta, uma opção quase sem risco, com a ação percebemos que o ganho não foi tão grande. Quem arriscou para ganhar 20% deixou de ganhar os 15% da caderneta. Este conceito também pode ser usado em qualquer investimento em empresas. Quando se tem um projeto de investir em rede fast food, por exemplo, com retorno de 15% ao ano, uma opção é verificar se não vale mais a pena ganhar estes mesmos 15% na caderneta de poupança, sem trabalhar!

Custódia: Significa a guarda de títulos e valores. É o local onde os títulos e as ações são registrados em nome de quem os comprou, garantindo a sua propriedade. Existem empresas especializadas a guardar esses títulos ou ações. O Cetip custodia títulos de renda fixa e as bolsas de valores mantém suas próprias câmaras de custódia para as ações negociadas em seu pregão. A Bovespa tem a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Essa câmara é responsável pela manutenção e atualização dos direitos das ações (dividendos, bonificações, subscrição etc.). Além do extrato mensal, a cada movimentação é emitido um aviso ao acionista.

Custódia fungível: Serviço de custódia no qual os valores mobiliários retirados podem não ser os mesmos depositados, embora sejam das mesmas espécie, qualidade e quantidade. Hoje a custódia fungível trabalha apenas com ações, no Brasil, mas é possível trabalhar com qualquer outro valor que tenha características homogêneas. Não há emissão de um certificado em papel, o que evita a necessidade de controlar certificados específicos, uma vez que os ativos têm as mesmas características (são homogêneos). Esta forma é menos burocrata, porque facilita o fluxo mais ágil dos ativos.

CVM - Comissão de Valores Mobiliários: Autarquia federal, subordinada ao Ministério da Fazenda, que tem a função de regulamentar o mercado de capitais - bolsas e balcão - especialmente no desenvolvimento, disciplina e fiscalização desses mercados. Sob fiscalização da CVM estão as Bolsas de Valores e sociedades corretoras, os bancos de investimento, as distribuidoras e as companhias abertas, os agentes autônomos de investimento e as carteiras de depósitos de valores mobiliários, os fundos e sociedades de investimento e os auditores independentes, os consultores e analistas de valores mobiliários. A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim classificados, as companhias abertas, os intermediários financeiros e os investidores, além de outros cuja atividade gira em torno desse universo principal. A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários. Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias: a) registro de companhias abertas; b) registro de distribuições de valores mobiliários; c) credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; d) organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; e) negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; f) administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; g) suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; h) suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores (http://www.cvm.gov.br/indexpo.asp).



D

D+: Jargão utilizado no mercado financeiro que expressa o dia da operação financeira e o dia em que ela será realmente efetuada. Só são considerados os dias úteis neste cálculo. Exemplo: o cliente enviou um DOC hoje, mas ele será creditado apenas amanhã. O crédito ocorre em D+1. O "D" significa o dia em que foi feita a operação verbalmente e o "+ seguido de um número" significa o número de dias úteis necessários para que se efetive realmente a operação. D+0 = hoje; D+1 = próximo dia útil; D+2 = dois dias úteis adiante etc. As ordens de resgate em fundos de ações ocorrem geralmente em D+3.

Data de exercício da opção: Data de registro em pregão da operação de compra ou de venda a vista das ações-objeto da opção.

Data de vencimento da opção: O dia que se extingue o direito de uma opção.

Data ex-direito: Data em que uma ação começará a ser negociada ex-direito (dividendo, bonificação, subscrição), na bolsa devalores.

Day-trade: Expressão em inglês que significa a realização de uma operação financeira e sua liquidação no mesmo dia, ou seja, a compra e venda do mesmo ativo, na mesma quantidade, no mesmo dia e pela mesma sociedade corretora. Dessa forma, o investidor permanece com a posição de investimento inalterada, porém realiza ganhos ou perdas com a operação.

Dealer: São instituições credenciadas pelo Banco Central a participar dos leilões informais de câmbio e títulos públicos. Os dealers são escolhidos dentre os bancos mais ativos no mercado. Eles têm a responsabilidade de informar os demais bancos sobre o leilão informal. Bancos que falham com essa obrigação são descredenciados pelo Banco Central.

Debêntures: Título – cujos direitos, garantias e demais cláusulas e condições da emissão estão contidos na sua escritura – que garante ao comprador uma renda fixa, ao contrário das ações, cuja renda é variável. O portador de uma debênture é um credor da empresa que a emitiu, ao contrário do acionista, que é um dos proprietários dela. São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora. A captação de recursos no mercado de capitais, via emissão de debêntures, pode ser feita por Sociedade por Ações (S.A.), de capital fechado ou aberto. Entretanto, somente as companhias abertas, com registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários - podem efetuar emissões públicas de debêntures.


Debêntures conversíveis em ações: Aquelas que, por opção de seu portador, podem ser convertidas em ações, em épocas e condições predeterminadas.

Deduções estatutárias: Parte dos lucros de uma empresa que, conforme determinação de seu estatuto social, não é distribuída aos acionistas.

Demanda: Em economia é o desejo de consumo individual ou coletivo de bens e serviços, a determinado nível de preços.

Democratização do capital: Processo pelo qual a propriedade de uma empresa fechada se transfere, total ou parcialmente, para um grande número de pessoas que desejam dela participar e que não mantém, necessariamente, relações entre si, com o grupo controlador ou com a própria companhia.

Demonstrações Financeiras: Demonstrações das principais contas da empresa, relatadas no balanço patrimonial, demonstração de resultado, demonstração das origens e aplicações de recursos (Doar), alterações do patrimônio líquido e notas explicativas.

Depósito Compulsório: Os bancos mantêm parte de seus depósitos no Banco Central. Parte destes depósitos são voluntários - para cobrir eventuais déficits na compensação bancária - , e parte são compulsórias. As Reservas Compulsórias são uma proporção dos depósitos à vista e a prazo (sendo que por um curto prazo de tempo também exigiu-se compulsórios sobre operações de empréstimos, avais e fianças) que os bancos tem que recolher no Bacen, obrigatoriamente. Quem fixa este percentual é o CMN, com o propósito de limitar a expansão das operações de crédito na economia.

Depreciação: Significa a perda de valor de algum ativo em decorrência do uso, da ação do tempo, da obsolescência tecnológica ou redução no preço de mercado - geralmente de máquinas, equipamentos e edificações. O cálculo da depreciação pode ser feito pelo custo original ou pelo custo atual. No mercado financeiro, depreciação também é usada para indicar que a moeda nacional perde poder de compra em relação às moedas estrangeiras.

Derivativos: Nome genérico de um grupo extenso de operações financeiras, as mais variadas, excluindo as que sejam compra e venda direta de ativos financeiros ou reais, embora estas operações tenham como base de negociação o preço ou cotação de um ativo (chamado de ativo-objeto). São operações financeiras que derivam de ativos-objetos. Neste grupo estão operações do mercado futuro, do mercado de opções, dos swaps e de todas as operações mais complexas de engenharia financeira. Um exemplo ajuda a entender. A compra e venda de ações é uma operação de mercado à vista. Já a compra e venda de índice futuro de ações, ou opção de compra de uma ação, ou opção de compra de índice futuro de ações, são derivativos, contratos que não são o próprio ativo ações, mas derivados destas. Estes grupos são contratos mais padronizados neste mercado de derivativos. Mas existem inúmeras outras operações possíveis, em mercados de balcão, ou geradas pela combinação entre contratos existentes, através de engenharia financeira. As operações com derivativos podem ser usadas como mecanismo de Hedge (proteção), ou como operações de alto risco com objetivo de lucros extraordinários. Vale lembrar que neste caso, se a estratégia montada for perdedora, o prejuízo também será extraordinário. Este aspecto de risco é o que preocupa os mercados financeiros internacionais, porque muitas vezes nem mesmo as autoridades financeiras internacionais conseguem prever as conseqüências de operações muito sofisticadas. Para entender mais sobre derivativos pesquise também mercado futuro, mercado de opções e swaps.

Deságio: É quando se paga por um ativo (título, ação ou bem qualquer) um preço menor que o de face, ou tabelado, ou de referência. É a diferença, para menos, entre o valor nominal e o preço de compra de um bem.

Desconto de duplicata: Operação de crédito para empresas. O banco empresta dinheiro para a empresa e recebe duplicatas, de clientes desta empresa, como garantia da operação. Se alguma duplicata deixar de ser paga, regra geral, cabe à empresa que entregou as duplicatas pagar a dívida e depois ir tentar recuperar sua perda diretamente com seu cliente.

Desdobramento de cautelas: É a elevação do número de ações sem a correspondente elevação do capital social da empresa. Ocorre quando a empresa desdobra cada uma de suas ações em duas, três, ou mais; sendo que todas juntas permanecem com o valor nominal da ação desdobrada.
Desvio de prêmio - ranking Sharpe / Anbid: É o risco do fundo em relação à taxa livre de risco (riskfree) ou benchmark (parâmetro de mercado usado como medida de desempenho).

Diferencial: Combinação de possíveis compras e vendas de opções sobre a mesma ação-objeto, porém de séries diferentes.

Direito de retirada: Direito de um acionista de se retirar de uma empresa, mediante o reembolso do valor de suas ações, quando for dissidente de deliberação de assembléia que aprovar determinadas matérias definidas na legislação pertinente.

Direito de subscrição: Direito de uma acionista de subscrever preferencialmente novas ações de uma sociedade anônima quando do aumento de seu capital.

Disclosure: Transparência da empresa. É um termo geralmente utilizado pelo mercado financeiro, especialmente no caso da postura de empresas e instituições financeiras que tenham títulos no mercado de capitais. A obrigação que a empresa tem de informar todas as questões relacionadas à sua situação econômica e financeira, e de seus títulos, ao mercado.

Distribuidora Veja Sociedade distribuidora.

Diversificação: É como o investidor divide sua poupança nos diversos ativos financeiros e reais, como colocar 10% de seu dinheiro guardado na caderneta de poupança, 50% em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações. A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: não coloque todos os ovos numa única cesta. Desta forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na média não se tenha perdas mais expressivas. Imagine uma pessoa que compre 100% de sua poupança em ações de uma empresa que venha a falir! Da noite para o dia este investidor perdeu todo o seu dinheiro. Melhor então dividir a poupança em vários investimentos. A forma como a pessoa diversifica suas aplicações depende de seu perfil como investidor, especialmente do nível de risco que aceita, do prazo que espera obter rendimento, de seus objetivos de vida, e do volume de dinheiro que pode investir. Uma pessoa com pequena poupança tem menor capacidade de diversificar que uma pessoa com muito dinheiro. Quem tem dez mil reais não pode querer investir uma parte em imóveis, o que é possível para quem tem um milhão de reais, por exemplo. Também é preciso lembrar que existem os valores mínimos exigidos para cada aplicação. Assim, se um fundo de ações exige um mínimo de cinco mil reais, um investidor que tenha menos do que este patamar não pode diversificar suas aplicações incluindo este fundo. O ideal na diversificação é incluir ativos mais e menos líquidos, com maior e menor nível de risco e rentabilidade, de vários mercados, de forma a reduzir o risco geral da carteira de perdas provocadas por uma rentabilidade baixa ou negativa de um único ativo. E dentro de um mesmo mercado, como o de ações, o mais recomendado é diversificar a carteira em vários papéis, novamente com o objetivo de reduzir os riscos.

Dívida Externa: Somatória dos débitos de um país, garantidos pelo seu governo, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos com residentes no exterior. Os débitos podem ter origem no próprio governo, em empresas estatais e em empresas privadas. Neste último caso, isso ocorre com aval do governo para fornecimento das divisas que servirão às amortizações e ao pagamento de juros. Cada país tem um conjunto de títulos de dívida, com nomes diferentes, que representam contratos com condições diferenciadas de juros, carência, vencimentos, garantias etc. Os títulos da dívida externa são importante indicador do risco do país. Por isso se diz, quando os juros dos títulos da dívida brasileira sobem, que o risco do Brasil aumentou. Isso significa que os investidores estão exigindo maior juro pelo papel por entender que o risco do país aumentou.

Dívida Interna: Somatória dos débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país. Sempre que as despesas superam as receitas, há necessidade de dinheiro para cobrir o déficit. Para isso, as autoridades econômicas podem optar por três soluções: emissão de papel- moeda, aumento da carga tributária (impostos) e lançamento de títulos.

Dividend yeld: Taxa obtida dividindo-se o valor do dividendo distribuído por ação pelo preço atual da ação. O indicador pode ser usado na análise da rentabilidade esperada de uma ação. Por exemplo, se uma ação custa R$ 100,00 e se espera, com base na política de distribuição e nas projeções de lucro da empresa, uma distribuição de dividendos de R$ 15,00 por ação, tem-se então um yield de 15%.

Dividendo: Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados.

Dividendo cumulativo: Dividendo que, caso não seja pago em um exercício, se transfere para outro.

Dividendo pro rata: Dividendo distribuído às ações emitidas dentro do exercício social proporcionalmente ao tempo transcorrido até o seu encerramento.

Dólar Cabo: Estabelece o parâmetro de compra e venda de moeda que será utilizada para transferência direta do exterior, e para o exterior via ordem de pagamento, portanto, sem o manuseio do dólar papel. A cotação é expressa em R$ por US$.

Dólar Comercial: Corresponde à taxa de câmbio para importação e exportação e operações financeiras, com liquidação em dois dias, emissão de passagens aéreas e marítimas, bônus, commercial paper , negociadas entre bancos comercias e empresas com o objetivo de fechar suas posições no comércio exterior e remessas de capitais. Antigamente havia dólar comercial e dólar flutuante. Hoje estes mercados estão unificados. A taxa chamada de venda é a quanto o banco está cobrando para vender dólar. A taxa chamada de compra é o quanto o banco está pagando para comprar dólar. A cotação é expressa em R$ por US$.

Dólar Fiscal: Corresponde à taxa de câmbio para efeito de cálculo dos tributos incidentes na importação do próprio dia, divulgada pela Receita Federal.

Dólar Paralelo ou Papel: Estabelece o parâmetro para operações de compra e venda de moeda adquirida fora dos meios oficiais, ou seja, via doleiros. É importante salientar que a cotação do dólar paralelo é influenciada pela cotação do ouro no mercado externo. A taxa chamada de venda é a quanto o doleiro está cobrando para vender dólar. A taxa chamada de compra é o quanto o doleiro está pagando para comprar dólar. A cotação é expressa em R$ por US$.

Dólar Ptax: Dólar oficial do Banco Central (Ptax800). Estabelece o parâmetro para as operações de compra e venda de comércio exterior e operações financeiras.

Dólar Turismo: Estabelece o parâmetro para operações de compra e venda de moeda para pessoas que vão viajar para o exterior, deve verificar que a cotação é diferente para a compra de dólar em papel moeda da compra de traveller’s check. A cotação é expressa em R$ por US$.

Dow Jones: Índice utilizado para acompanhar a evolução dos negócios na Bolsa de Valores de Nova York . Seu cálculo é feito a partir de uma média das cotações entre as trinta empresas de maior importância na bolsa de valores, as vinte companhias ferroviárias mas destacadas e as quinze maiores empresas concessionárias de serviços públicos.

Dumping: Venda de produtos a preços mais baixos que os custos, com a finalidade de eliminar a concorrência e conquistar fatias maiores de mercado.

Duration: Indicador utilizado pelos analistas de instituições financeiras para medir a sensibilidade de títulos à variação da taxa de juros. É calculado com base no fluxo de caixa do título, do pagamento de juros e principal, em cada prazo contratual, bem como no valor presente do título. Em outros termos, a duration mede qual o prazo médio no qual o detentor do título terá recebido o pagamento total. Contudo, como existem constantes variações de taxa de juros no mercado, haverá conseqüentemente variações no valor presente do título e na sua duration. Quando ocorre um aumento de taxa de juros, o valor presente diminui e a duration também diminui. A duration de carteira é a média ponderada das durations dos ativos e representa o prazo médio do pagamento total da carteira.



E


Emissão: Colocação de dinheiro ou títulos em circulação.

Emprego: O nível de emprego e a renda dos trabalhadores são um reflexo do nível de atividade (produção) da economia. Em momentos de crescimento econômico, as empresas procuram mais trabalhadores para ampliar a produção. Assim, quanto maior o nível de atividade, maior o número de postos de trabalho e/ou maior o salário dos empregados. Com mais procura por trabalhadores, estes podem exigir melhores salários e melhores condições de trabalho. A época do ano também interfere no nível de emprego. No final de ano, a economia costuma estar aquecida devido ao pagamento do 13º salário e o aumento do consumo, e com isto o desemprego cai. Nos primeiros meses do ano, em que os consumidores evitam gastar, a economia desacelera e muitos trabalhadores são demitidos. O progresso técnico interfere no nível de emprego. As modernas tecnologias tornam a produção mais automatizada e menos demandante de mão-de-obra, especialmente a de menor qualificação. O emprego é um dos elementos mais importantes na condução da política econômica, em virtude das suas implicações sociais. Sempre é desejável que a condução da política tenha como objetivo levar a economia a uma situação de pleno emprego. Mesmo no chamado pleno emprego, o desemprego nunca é zero. Isso se deve ao tempo existente entre a saída do trabalhador de um posto de trabalho e sua entrada em outro. Devido a esse movimento, a totalidade dos trabalhadores nunca estará simultaneamente empregada. Este desemprego mínimo inevitável é chamado de "desemprego friccional" nos manuais de economia.

Empresa aberta: Empresa que pode lançar ações e títulos mobiliários no mercado. A empresa pode ser aberta e não estar listada em Bolsa de Valores.

Empresa fechada: Empresa que não pode lançar ações e títulos mobiliários no mercado de capitais.

Encargos Sociais: Conjunto de obrigações trabalhistas que devem ser pagas pelas empresas mensalmente ou anualmente, além do salário do empregado.

Endosso: Transferência da propriedade de um título mediante declaração escrita, geralmente feita em seu próprio verso.

Especulação: Negociação em mercado com o objetivo de ganho, em geral a curto prazo. Embora exista um senso comum diferente, especulação é uma atividade normal no mercado financeiro e em qualquer negócio. As pessoas compram um imóvel acreditando que ele vai valorizar, ou pelo menos que não vai perder valor. Quem acredita que um imóvel vai perder valor procura vendê-lo antes. Especular, portanto, é uma atividade típica de investidor, no sentido de comprar ativos financeiros que devem valorizar mais do que outros, e vender ativos que devem perder valor ou valorizar menos. Não há nada de ilegal nesta atividade. O senso comum que se tem da palavra especulação é por conta de haver confusão com a palavra manipulação.

Eurobond (eurobônus); Títulos privados ou públicos, com valor expresso em uma determinada moeda (em geral dólares estadunidenses) e vendidos em outro país que não o da moeda utilizada. Por meio meio destes papéis é possível a empresas e governos captar recursos de médio e longo prazos no chamado euromercado, nome usado para designar o dinheiro mantido em depósitos em moedas nacionais fora de seus países de origem (por exemplo, dólares mantidos em depósitos britânicos ou japoneses). O nome Eurobônus não significa que os títulos são lançados necessariamente na Europa, embora esse seja o caso mais comum.

Exclusão do direito de preferência: O estatuto da empresa aberta que contiver autorização para aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência, para antigos possuidores de ações, de debêntures ou partes beneficiárias conversíveis em ações.

Ex-direitos: Denominação dada a uma ação que teve exercidos os direitos concedidos por uma empresa.

Execução de ordem: Efetiva realização de uma ordem de compra ou venda de valores mobiliários.

Exercício de opções: Operação pela qual o titular de uma operação exerce seu direito de comprar ou de vender o lote de ações-objeto, ao preço de exercício.

Ex-proventos: É o que se diz de uma ação que está sendo negociada sem os direitos de seus proventos (dividendos, subscrição e bonificação). Esta é uma denominação em geral dada por prazos curtos, apenas para caracterizar claramente uma situação que foi alterada. Por exemplo, suponha que uma empresa pague sempre dividendos em março. Até a divulgação do valor destes dividendos referentes 1999, ela estará sendo cotada considerando este direito incluído. Assim que ela anunciar estes dividendos, por exemplo em 15 de março de 2000, a Bolsa de Valores define que o papel passa a ser negociado sem este direito. Ou seja: sem o direito dos dividendos de 1999. Mas continua sendo negociada com outros direitos que serão anunciados no futuro, até que sejam anunciados. O ex-proventos (como ex-dividendos) é um título temporário que a ação recebe, apenas naqueles primeiros dias do anúncio de provento, para deixar bem claro que algo aconteceu com o papel naqueles dias, a ponto de eventualmente interferir em seu preço de mercado.


F


FAC - Fundo de Aplicação em Cotas: Esse tipo de fundo de investimento se difere dos demais pelo fato de comprar e vender cotas de outros fundos de investimento e não papéis e títulos disponíveis no mercado.

Factoring (Fomento Mercantil): Atividade que consiste na prestação de serviços, os mais variados e abrangentes, de apoio às pequenas e médias empresas, conjugada com a compra de direitos creditórios originados de vendas mercantis realizadas por sua clientela. O fomento é considerado uma atividade dicotômica exercida regularmente entre duas empresas e tem por finalidade precípua oferecer serviços de suporte e apoio gerencial e, ao mesmo tempo, comprar direitos creditórios, originados do faturamento das vendas mercantis a prazo efetuadas por suas empresas-clientes, que constituem bens móveis corporificados em títulos de crédito recebíveis. Resumindo, uma operação de factoring consiste na antecipação de um recebimento, ou seja, na venda de uma duplicata a receber para uma sociedade de fomento mercantil, mediante o pagamento de uma taxa percentual atrelada ao valor de face da duplicata. Exemplo: Se você tem em mãos uma duplicata a receber com vencimento para 120 dias, no valor de R$ 1.000,00, uma sociedade de fomento mercantil pode lhe comprar essa duplicata pagando-lhe a vista R$ 800,00, por exemplo. Neste caso você recebe 80% da duplicata e não precisa esperar os 6 meses para recebê-la.  
 FAF - Fundo de Aplicação Financeira: Fundo criado pelo plano Collor II em substituição aos fundos de curto prazo, inclusive o open e o over. As taxas de remuneração das FAFs deveriam ser iguais às da TR, substituindo com vantagens as aplicações de curto prazo anteriores.
Falência: Quando, através de ação judicial, uma empresa é declarada incapaz de saldar seus débitos nos prazos contratuais, ou mesmo se for beneficiada pelo adiamento dos prazos, caso da concordata. A falência pode ser pedida pelos representantes da própria empresa ou por um credor que tenha título de dívida vencida.

Fechamento de posição: Operação pela qual o lançador de uma opção, pela compra em pregão de outra da mesma série, ou o titular, pela venda de opções adquiridas, encerram suas posições ou parte delas. A expressão também é utilizada quando da realização de operações inversas no mercado futuro.

Fechamento em alta: Quando o índice de fechamento for superior ao índice de fechamento do pregão anterior.

Fechamento em baixa: Quando o índice de fechamento for inferior ao índice de fechamento do pregão anterior.

FED - Federal Reserve: Banco Central norte-americano. É composto de fato por doze bancos regionais e 24 filiais.

FGV 100: É um índice de preços de ações, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Faz uma média ponderada dos preços de 100 ações de empresas privadas não-financeiras que têm seus papéis negociados nas principais Bolsas de Valores do País, selecionadas segundo critérios de qualidade e liquidez.

FIF: Fundo de Investimento Financeiro. Investem diretamente em ativos financeiros. Genericamente chamados de fundos de renda fixa, os FIFs são fiscalizados pelo Banco Central. Eles podem conter também títulos de derivativos e papéis de renda variável, ou estarem vinculados a ativos atrelados ao dólar. Sua concentração, no entanto, deve ser em títulos de renda fixa (prefixados ou DI). Atenção: na prática, os fundos de derivativos e de multiportifólio são de renda variável, porém eles são classificados como FIFs e estão sob fiscalização do Banco Central. Portanto, no grupo de FIFs temos carteiras com perfil de renda fixa e carteiras com elevada concentração de risco e papéis diversos, de renda variável, incluindo derivativos.

Filhote: Veja Bonificação em ações.

Float: É a receita apropriada pelos bancos por meio dos rendimentos dos recursos mantidos pelos clientes em depósito à vista (conta corrente).

Fluxo de Caixa: O pagamento ou recebimento efetivo do dinheiro por uma empresa ou instituição governamental.

Franchising: Método de comercialização de produtos ou serviços no qual o franqueado obtém o direito de uso de uma marca e opera de acordo com um padrão de qualidade estabelecido pelo franqueador em troca de um pagamento de um determinado valor.

FOB - Free on Board: Designação da cláusula de contrato segundo a qual o frete não está incluído no custo da mercadoria. Valor FOB é o preço de venda da mercadoria acrescido de todas as despesas que o exportador faz até colocá-lo a bordo.

Fundo 157: Fundo criado em 1967 com a finalidade de alavancar o mercado de ações. Os contribuintes tinham opção de aplicar parte do Imposto de Renda (2%) no fundo, permitindo que o investidor, em lugar de pagar o IR, pudesse adquirir quotas de fundos administrados pelo banco de sua escolha. Os fundos receberam investimentos de 1967 a 1982, e não foram extintos. Os recursos estão disponíveis para o resgate.

Fundo de pensão: Conjunto de recursos proveniente de contribuições de empregados e da própria empresa administrados por uma entidade a ela vinculada, cuja destinação é a aplicação em uma carteira diversificada de ações, outros títulos mobiliários e imóveis.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC): É um fundo criado em 1995, pelo governo, sem fins lucrativos, como uma entidade privada destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência dos entes associados. O maior objeto do fundo é “prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas”. Desta forma, quem investe em um banco que quebra tem a garantia de que pelo menos parte de seu dinheiro seja devolvida. O seguro máximo hoje é de R$ 70 mil, por depositante ou aplicador, contra a mesma instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação. Estão seguradas diversas aplicações financeiras como depósitos a prazo - com ou sem emissão de certificado (CDB/RDB), depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, caderneta de poupança, letras hipotecárias, letras de câmbio e letras de crédito imobiliário. Se o cliente tiver mais do que este montante nestas aplicações, somente vai poder receber o que tem direito após a liquidação do banco. Mas neste caso, o cliente entra na fila com os demais credores, e pode não reaver todo o seu dinheiro. Lembre-se que os fundos de investimento não são garantidos por este seguro, por representarem condomínios de quotistas. A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao FGC corresponde a 0,0125% do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia. Informações mais detalhadas em http://www.bcb.gov.br/?FGCINTRO.

Fundo mútuo de ações: Conjunto de recursos administrados por uma distribuidora de valores, sociedades corretora, banco de investimento, ou banco múltiplo com carteira de investimento, que os aplica em uma carteira diversificada de ações, distribuindo os resultados aos cotistas, proporcionalmente ao número de quotas possuídas.

Fundo mútuo de ações carteira livre: Constituído sob a forma de condomínio aberto ou fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários. Deverá manter, diariamente, no mínimo 51% de seu patrimônio aplicado em ações de emissão das companhias abertas, opções de ações, índices de ações e opções sobre índices de ações.

Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes: Constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados a aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes. Entende-se como empresa emergente, a companhia que satisfaça os seguintes parâmetros: 1. Tenha faturamento líquido anual consolidado inferior a R$ 60 milhões; 2. Não seja integrante de grupo de sociedades com patrimônio líquido superior a R$ 120 milhões.
Fundos de Investimento: Segundo o sítio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma comunhão de recursos, constituídos sob forma de condomínio, destinado à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais. Tais Fundos de Investimento, através da emissão de cotas, reúnem aplicações de vários indivíduos para investimento em carteiras de ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais. Os principais tipos desses condomínios - classificados conforme a composição de suas carteiras - são: Fundo de Curto Prazo; Fundo Referenciado; Fundo de Renda Fixa; Fundo de Ações; Fundo Cambial; Fundo de Dívida Externa e  o chamado Fundo Multimercado. Os fundos abertos são aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. Já os fundos fechados são aqueles em que as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. Neste caso, as cotas poderão ser negociadas em mercado secundário. Vale ressaltar que os fundos de investimento – embora ofereçam rendimentos superiores aos da caderneta de poupança, por exemplosão considerados de risco e não são segurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O funcionamento desses condomínios depende de prévia autorização da CVM. Maiores informações, inclusive acerca das vantagens e riscos dos fundos de investimento, estão disponíveis no link http://www.cvm.gov.br/port/protinv/caderno03.asp.
Futuros: Operações derivativas que representam uma aposta no valor de um determinado ativo (taxa de câmbio, produto mineral ou agrícola, taxa de juros, bônus) em um determinado tempo futuro. Num contrato de futuro, o contratado obriga-se a negociar o ativo a um preço especifico e em uma data específica no futuro. Os valores do contrato variam de acordo com os valores do bem negociado.


G

Ganho de capital: Diferença positiva entre o valor de venda dos bens e direitos e seu respectivo custo de aquisição.

Gestão ativa: Tipo de administração dos recursos dos fundos que tem como objetivo superar o rendimento de seu benchmark. Desta forma, a carteira de investimento não é necessariamente igual à composição do índice de referência.

Gestão passiva: Tipo de administração dos recursos dos fundos que tem como objetivo atingir a mesma rentabilidade de seu benchmark. Desta forma, a carteira de investimento deverá ser igual à composição do índice de referência.

Globalização: É um termo de ampla abrangência, muito usado na imprensa. Refere-se ao processo de internacionalização das economias, com crescente integração e interdependência entre os mercados. Até os anos 80, muitas empresas vinham expandindo suas atividades pelo mundo, seja pela exportação de produtos, e importação de fatores, seja pela instalação de subsidiárias fora do país de origem. Este quadro evoluiu a partir dos anos 90, com a quebra de fronteiras propiciada pelo desenvolvimento das comunicações e da tecnologia de informação, e também por mudanças institucionais como a abertura comercial e a desregulamentação de diversas economias. Esse conjunto de condições não só favorece o comércio e as transferências de capital para investimento entre países, mas também vem permitindo às empresas posicionar suas estratégias considerando o mundo como um mercado integrado, de dimensões globais. Ver análise mais profunda sobre o termo em “Dicionário de Geografia Geral” disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Governança corporativa: É o sistema que garante o tratamento igualitário entre os acionistas, além de transparência e responsabilidade na divulgação dos resultados da empresa. Através da prática da governança corporativa, é permitido aos acionistas a efetiva monitoração da direção executiva. Dentre as medidas estabelecidas por empresas que seguem a prática da boa governança devem constar quatro princípios básicos: tratamento igual a acionistas minoritários e majoritários, transparência na relação com o investidor, adoção de normas internacionais nos registros contábeis e cumprimento das leis. Se a empresa adota esses princípios, recebe mais crédito de instituições que defendem a posição do acionista minoritário na administração da empresa. Vários países adotam códigos das melhores práticas de governança corporativa. No Brasil, este documento foi preparado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em maio de 1999. O projeto teve apoio da Bolsa de Valores de São Paulo, que patrocinou o lançamento do código.

Grupamento: É a redução do número de ações sem alteração do capital social da empresa, através da reunião em uma única ação de várias ações da empresa. É o oposto de um desdobramento. Um grupamento pode ocorrer quando há uma queda persistente da ação fazendo com que seu preço fique muito baixo.


H

Hedge: 1 - Expediente adotado por compradores e vendedores para se resguardarem de flutuações de preços. Em finanças, a palavra tem o sentido de expressar operações que reduzem o risco, referindo-se à operação feita no mercado financeiro para se proteger de oscilação brusca de preços. Não se trata de um tipo de operação, mas do objetivo da operação. Por exemplo, mercados futuros e de opções tanto podem ser usados no sentido de proteção contra riscos (hedge) como no de especulação com objetivos de obter ganhos extraordinários. Quando usados com objetivo de hedge, os mercados derivativos têm a função de reduzir o risco das partes. Quando usado para especulação, o risco pode aumentar. 2 - Operações realizadas com o objetivo de obter proteção contra o risco de variações de taxas de juros, de paridade entre moedas e do preço de mercadorias. Estratégia utilizada com o objetivo de reduzir o risco do portfólio. Indica neutralização de uma posição comprada/vendida em um ativo com uma posição vendida/comprada no mesmo ativo.

High Yield: Significa alta taxa de retorno. Em geral, se refere a empréstimos de empresas que pagam juros excessivamente altos.

Holding (empresa): Aquela que possui, como atividade principal, participação acionária em uma ou mais empresas. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Home broker: Termo relacionado à Bolsa de Valores de São Paulo, referente sistema de negociação através da Internet, que permite ao usuário dar ordens diretas de compra e venda através da rede.

Horizonte de investimento: Horizonte de investimento de qualquer ativo financeiro ou real depende do tempo que é necessário para obter um melhor retorno, teoricamente. Assim, quando se compra ações, regra geral, os analistas recomendam ter um horizonte de longo prazo. Embora as ações possam ser vendidas a qualquer momento, o ideal é que o investidor atue neste mercado com uma estratégia de ganhar dinheiro no longo prazo. Não convém aplicar hoje em ações o dinheiro que será usado para pagar a prestação da casa própria amanhã, por exemplo. Esta é uma recomendação natural para investimentos de maior risco. Também não se deve comprar um imóvel sabendo que será necessário vendê-lo em seis meses. É melhor esperar um momento adequado, que pode ser em seis meses, mas também pode não ser.

Hot Money: São aplicações em títulos ou no câmbio, atraídas por taxas de juros elevadas ou diferenças cambiais significativas, de curtíssimo prazo, podendo deslocar-se de um mercado para outro com grande agilidade. No mercado financeiro brasileiro, é o termo usado para operações de crédito voltadas às empresas que precisam tomar empréstimo de capital de curtíssimo prazo (inferior a 30 dias). As empresas tomam dinheiro no hot money para cobrir eventual falta de caixa para suas atividades.



I

IBA - Índice Brasileiro de Ações: O Índice Brasileiro de Ações é calculado pela Comissão Nacional de Bolsas de Valores (CNBV). É um índice que mede o comportamento de ações na Bovespa. Ele é composto por ações das empresas que estiveram presentes em, no mínimo, 80% dos pregões nos últimos seis meses, com, no mínimo, dez operações em cada pregão. No índice são evitadas as ações que aparecem em negócios esporádicos, o que torna o preço de suas negociações pouco representativo. O peso de cada papel no índice é proporcional ao volume de negócios realizados.

IBOVESPA: Sigla do Índice Bovespa. É o índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa. O índice é composto por papéis de primeira e segunda linha. O primeiro critério para o papel compor o índice é o da negociabilidade. Ou seja: é preciso que o papel esteja entre os 80% mais negociados no mercado. O segundo critério é o da presença do papel nos negócios realizados em 80% dos pregões. E o terceiro é o da participação do papel, com representação de, no mínimo, 0,1% do volume total da Bolsa.

IBV - Índice da Bolsa de Valores: Número que exprime a variação média diária dos valores das negociações na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, de uma carteira de ações de cerca de cem empresas selecionadas.

IBX - Índice Brasil: O Índice Brasil é calculado pela Bovespa. É um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações (primeira, segunda e terceira linhas) selecionadas entre as que apresentarem o maior número de negócios e volume financeiro. São ponderadas no índice pelo seu respectivo número de ações disponíveis à negociação. O IBX é considerado um índice que avalia o retorno total das ações componentes de sua carteira. A revisão na composição da carteira é feita a cada quatro meses.

IDU - Interest Due and Unpaid: Título de dívida externa do governo brasileiro com vencimento em 2001, do grupo dos bradies.

Imposto de Renda: Tributo cobrado das pessoas ou empresas sobre a renda obtida no exercício de suas atividades profissionais ou comerciais, ou ainda sobre os rendimentos resultantes de aplicações financeiras. No caso das pessoas, quanto maior a renda, maior a taxa de imposto a ser paga ao governo. Para as empresas, o porcentual do imposto depende do tipo da empresa e do regime no qual ela se enquadra. Aplicações financeiras têm alíquotas diferenciadas. As de renda fixa pagam 20%. As de renda variável pagam hoje 10% e vão pagar 20% a partir de 2002.

Inadimplência: Falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições. Termo usado com muita freqüência para indicar o não-pagamento, por parte do tomador, do empréstimo no montante e prazo estipulados nas cláusulas do contrato. É a situação daquele que deve e não honra seus compromissos.

Indexação: É o processo de correção monetária de contratos expressos em moeda corrente, com base na variação de índices de inflação, com o objetivo de proteger o credor do contrato das perdas provocadas pela desvalorização sistemática da moeda (aumento generalizado de preços). O mecanismo ganhou muita importância no Brasil durante os anos de inflação galopante. Praticamente todos os contratos - de aplicações financeiras, a aluguéis e salários - eram indexados, corrigidos, pela variação da inflação. Este é um mecanismo eficiente no sentido de evitar uma explosão incontrolável de preços em momentos de inflação galopante, o que poderia levar a um processo hiper-inflacionário. Mas, ao mesmo tempo que protege o valor real dos contratos, tirando o efeito inflacionário, é um mecanismo de perpetuação do nível de inflação, porque praticamente toda a economia passa a repetir o padrão de comportamento de preços do passado. Simplificando, um processo de alimentação automática de aumentos de preços, na linha de inflação inercial.

Índice de ações: É um índice que representa o comportamento de um conjunto de ações, que seja representativo, das oscilações de preços destes ativos, com base nos negócios realizados em determinada Bolsa de Valores. Há muitas formas de calcular este índice. Cada um tem sua metodologia. Regra geral, este número deve representar a variação média de preços no mercado, considerando também a importância de cada ação no volume de negócios (ponderação). No Brasil, o principal índice é o Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo. Nos Estados Unidos, há dois índices muito importantes. O mais tradicional é o Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE - New York Stock Exchange). O segundo índice é o Nasdaq, também da Bolsa de Valores de Nova Iorque, mas que tem um peso maior de empresas de tecnologia. Com as transformações econômicas com base na tecnologia - incluindo empresas de telecomunicações, de informática e Internet -, o Nasdaq se tornou a referência de expectativas para a chamada nova economia, que inclui estes setores dinâmicos de tecnologia. O Dow Jones, por sua vez, como mais tradicional, está atrelado à velha economia, embora também haja empresas de tecnologia na sua composição.

Índice de lucratividade: Relação entre o capital atual e o inicial de uma aplicação.

Índice de Sharpe: Número que expressa o retorno por nível de risco de cada carteira ou ativo. Este índice é usado pela Anbid para avaliar o desempenho dos fundos de investimento. Para avaliar o desempenho de um ativo qualquer, o analista deve usar índices como o Sharpe, que ponderem rentabilidade por risco. Avaliar algo apenas por sua rentabilidade distorce as conclusões do estudo.

Índice Preço/Lucro - P/L: Quociente da divisão do preço de uma ação no mercado, em um instante, pelo lucro líquido anual da mesma. Assim, o P/L é o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Para tanto torna-se necessário que se condicione essa interpretação à hipótese de que o lucro por ação se manterá constante e será distribuído todos os anos.


Índices de Preços: O termo "índice de preços" se refere a um número que permite acompanhar a evolução do preço de um determinado produto (ou uma cesta de produtos) no tempo. A taxa de inflação, tradicionalmente chamada por índice de inflação, expressa a variação de um número índice que é calculado a partir da média ponderada de preços de vários bens (previamente estabelecidos por um instituto de pesquisa). Neste sentido, o "câmbio" nada mais é do que a variação do preço de uma moeda estrangeira (em geral do dólar), podendo, igualmente, ser transformado em um número índice, cuja variação tradicionalmente é chamada por "variação cambial".

Inflação: Inflação é o nome que se dá ao processo de elevação do nível geral de preços, isto é, da média dos preços de uma economia, que provoca uma perda do poder aquisitivo da moeda. Inflação elevada é um forte sinal de instabilidade da economia. Há muitos fatores que geram inflação. Um aumento muito grande de um preço básico da economia, como o petróleo, pode contaminar os demais preços da economia, provocando inflação maior. Se o governo gasta mais do que arrecada, e cobre seus gastos extras emitindo dinheiro, está provocando uma desvalorização de sua moeda. E à medida que a moeda vale menos, os produtos sobem de preço, gerando a inflação. A inflação empobrece a população, principalmente as pessoas que têm menos instrumentos para se defender, das camadas mais pobres. Na época de inflação galopante no Brasil, as pessoas que não tinham acesso às contas correntes com correção monetária sofriam mais este efeito, porque o dinheiro sem correção perdia valor todos os dias. Esta perda de valor do dinheiro também é chamada imposto inflacionário. Os índices de preço, ou de inflação, são indicadores que procuram mensurar a evolução do nível preços. Um índice de preços é um número que está associado à média ponderada dos preços de uma determinada cesta de produtos em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,5%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,5%. No Brasil, os principais índices de inflação são: 1. IPC Fipe - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FIPE/USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de São Paulo, para famílias que ganham entre 1 e 20 salários mínimos. 2. IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. A coleta de preços é feita entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente, com divulgação no dia 30. É composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M. 3. IPC - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FGV, mede a inflação para famílias com rendimentos entre 1 e 33 salários mínimos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O IPC representa 30% do IGP-M. Este índice é calculado para três intervalos diferentes, e compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um peso de 30%. 4. IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes, e compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um peso de 60%. 5. INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, calculado pela FGV, mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços atualizados pelo setor de construção civil. Este índice é calculado para três intervalos diferentes, e compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um peso de 10%. 6. IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. É calculado pela FGV entre o primeiro e o último dia do mês. Sua divulgação ocorre por volta do dia 10 do mês seguinte. Mede os preços que afetam diretamente a atividade econômica do País, excluída as exportações. A exemplo do IGP-M, também é composto pela média ponderada do IPC, IPA e INCC, calculados para o respectivo período. 7. INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre 1 e 8 salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis. 8. IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. É calculado pelo IBGE nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre 1 e 40 salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis. 9. ICV - Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), mede a variação dos preços em quatro grupos: alimentação, transportes, saúde e habitação. A pesquisa é realizada no município de São Paulo, pegando todas as faixas de renda. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no início da 2ª quinzena do mês seguinte. 10. ICVM - Índice do Custo de Vida da Classe Média. Calculado pela Ordem dos Economistas, a pesquisa é realizada no município de São Paulo, tomando como base as despesas das famílias que tenham uma renda mensal na faixa entre 10 e 40 salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no 10º dia de mês seguinte.


Informação privilegiada: Informação que não é pública, conhecida por poucos. O insider é a pessoa que teve acesso à esta informação privilegiada. É ilegal usar informações privilegiadas para obter ganhos no mercado financeiro. Desta forma, um diretor financeiro de uma empresa não pode negociar no mercado financeiro com base em informações que não sejam públicas. Em geral, estes termos aparecem ligados aos mercados de ações, futuros e opções, justamente quando ocorre um negócio irregular feito por quem tem esta informação privilegiada, ou foi orientado por insider.

Insider: Investidor que tem acesso privilegiado a determinadas informações, antes que estas se tornem conhecidas no mercado.

Institucional (investidor): Instituição que dispõe de vultosos recursos mantidos em certa estabilidade e destinados à reserva de risco ou à renda patrimonial e que investe parte dos mesmos no mercado de capitais.

Investimento: Em economia, considera-se investimento todo acréscimo de capital das empresas destinado à ampliação da sua capacidade produtiva. No dia-a-dia, o termo é usado genericamente para identificar aplicações financeiras, que são, na verdade, modalidades de poupança, e não de investimento. A principal fonte dos recursos destinados ao investimento é a poupança das pessoas e empresas. Parte importante da poupança guardada no sistema financeiro é emprestada para as empresas investirem. Quando o governo gasta mais do que arrecada, também disputa parte desde dinheiro poupado, através da venda de títulos públicos. Ou seja: quando o governo emite títulos e tira dinheiro do mercado está reduzindo o capital disponível para novos investimentos privados. Quando a poupança interna de um país não é suficiente para sustentar seus investimentos, como ocorre com o Brasil, o país pode fazer dívidas no exterior. O país também pode receber investimentos diretos de empresas estrangeiras que querem se instalar no seu território. O investimento em produção pode ser feito em estruturas, como prédios e fábricas, ou em equipamentos, como máquinas e computadores, ou mesmo em estoques de materiais e produtos finais. Existe um volume mínimo de investimentos necessários para que a empresa pelo menos mantenha sua capacidade produtiva, uma vez que as instalações e equipamentos estão sofrendo desgastes permanentes, o que é chamado de depreciação. Se o investimento feito é menor do que a depreciação, a empresa está perdendo capacidade produtiva e pode estar caminhando para um sucateamento de sua planta. Ou seja: pode acabar com uma planta produtiva muito defasada, sem competitividade, com custos elevados, o que leva a empresa à incapacidade de vender seus produtos. A parcela do investimento que ultrapassa a depreciação é chamada de investimento líquido.

Investimento Estrangeiro: Aquisição de empresas, equipamentos, instalações, estoques ou interesses financeiros de um país por empresas, governos ou indivíduos de outros países.

IOF: Imposto sobre Operações Financeiras. Imposto cobrado sobre as operações de crédito e seguro realizadas por instituições financeiras e seguradoras. O governo usa este imposto como fonte de arrecadação e para fazer política econômica, estimulando ou punindo operações, à medida de seus objetivos. Por exemplo, se quer estimular o crédito, pode reduzir o IOF. Se quer estimular alongamento de prazo das aplicações de renda fixa, coloca um IOF sobre saques inferiores a 30 dias.

IPCA-E - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado Especial: Possui a mesma estrutura do IPCA, diferenciando-se somente pelo período de coleta, que se dá entre o dia 15 do mês anterior e 15 do mês de referência. Este índice foi especialmente criado para a correção da UFIR e a partir de Dez/94 passou a ser divulgado trimestralmente. Foi o indexador oficial da economia brasileira de Dez/85 até o Plano Cruzado.

IRB-Brasil Re: Sigla do Instituto de Resseguros do Brasil, criado em 1939 na gestão de Getúlio Vargas. O objetivo do instituto, na sua gênese, era fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador nacional por meio da criação do mercado ressegurador brasileiro. Segundo o seu estatuto sua função maior é a de efetuar operações de resseguro e retrocessão no País e no Exterior, não podendo explorar qualquer outro ramo de atividade empresarial, nem subscrever seguros diretos. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de personalidade jurídica própria de direito privado e que goza de autonomia administrativa e financeira. Tem sede e foro na Capital do Estado do Rio de Janeiro, participa do Sistema Nacional de Seguros Privados e exerce suas atribuições de acordo com as diretrizes gerais emanadas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).  Seu capital social é representado por ações escriturais, ordinárias e preferenciais. Como o nome sugere, resseguro nada mais é do que o seguro do seguro. Quando uma companhia assume um contrato de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou pelo menos parte dele, a uma resseguradora. O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de abrandar (suavizar) o risco, preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado. Segundo o Ministério da Fazenda o IRB-Brasil Re já se tornou a maior resseguradora da América Latina. A empresa estaria em processo de fortalecimento, sendo instrumentada com as mais modernas ferramentas de informação e gestão de risco. O resultado desse esforço é um maior rigor e atualização técnica e científica das decisões das áreas de negócios da instituição. Ainda segundo Ministério da Fazenda, em paralelo, diversas medidas aperfeiçoam o relacionamento do IRB-Brasil Re com seus clientes e com o mercado segurador como um todo, adequando a empresa e o mercado brasileiro às melhores práticas internacionais.

IRF-M: Índice de Renda Fixa do Mercado, indicador utilizado para medir o desempenho dos títulos de renda fixa prefixados. É um índice de rentabilidade calculado para uma carteira teórica composta por títulos públicos federais (LTNs - Letras do Tesouro Nacional). Divulgado pela BM&F (Bolsa de Mercadoria & Futuros) e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto ) desde 1º de dezembro de 2000, é um bom parâmetro para acompanhar o desempenho dos fundos de investimento em renda fixa prefixados, que concentram suas carteiras em papéis com este perfil.


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Joint-Venture: Associação de empresas para o desenvolvimento e execução de um projeto específico. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.


Juros: Taxa de rendimento paga por bancos, empresas e pessoas físicas que tomam dinheiro emprestado, seja para uso próprio ou para repasse a terceiros. Quando um poupador aplica seu dinheiro no banco, está de fato emprestando o dinheiro ao banco, em troca de uma taxa de juro. O mesmo acontece com o governo, que vende seus títulos públicos no mercado, e em troca deste dinheiro aceita pagar juros. O mercado trabalha com juros prefixados (valor da taxa é conhecido na aplicação) e pós-fixados (valor da taxa é conhecida no final da aplicação). Quando a taxa de juro tende a cair, as aplicações prefixadas costumam ser mais rentáveis. Quando o juro tende a subir, ganham as aplicações pós-fixadas. No entanto, ninguém sabe com certeza se uma taxa de juro vai subir ou cair. Este é o risco inerente ao investimento.




L


Lançador: No mercado de opções, aquele que vende uma opção, assumindo a obrigação de, se o titular exercer, vender ou comprar o lote de ações objeto a que se refere.

Lançamento de opções: Operação de venda que dá origem às opções de compra ou de venda.

Lance: Preço oferecido em pregão para a compra ou venda de um lote de títulos, pelos representantes das sociedades corretoras.
LCI (Letras de Crédito Imobiliário): São títulos de crédito (títulos de renda fixa), lastreados por crédito imobiliário garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de imóvel.  A Emissão é exclusiva das instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, com carteira de crédito imobiliário e ocorre sob forma de certificado ou escritural, obrigatoriamente registrada na CETIP. São nominativas, transferíveis e de livre negociação no mercado secundário, além de serem isentas de Imposto de Renda. A garantia é do emissor e do FGC – Fundo Garantidor de Crédito - com lastro de créditos imobiliários (recebível/imóvel), garantidos por primeira hipoteca ou alienação fiduciária. A LCI poderá contar também com garantia pessoal, tais como aval e fiança, adicional de Instituição Financeira, e não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de quaisquer dos créditos imobiliários que lhe servem de lastro.

Leasing (arrendamento mercantil): Operação financeira entre uma empresa proprietária de determinados bens (máquina, carro) e uma pessoa jurídica, que usufrui desses bens contra o pagamento de prestações. A grande vantagem do leasing é a não imobilização de capital, sobretudo nos casos em que o valor do bem é muito alto e que terá utilização limitada. No final do contrato, o arrendatário tem a opção de adquirir definitivamente o bem arrendado. O princípio básico do leasing: o lucro vem da utilização de um bem e não da sua propriedade.


Leilão especial: Sessão de negociação em pregão, em dia e hora determinados pela bolsa de valores em que se realizará a operação.

Letra de câmbio: Tipo de título negociável no mercado. Consiste numa ordem de pagamento em que uma pessoa ordena que uma segunda pessoa pague determinado valor para um terceira. Deve trazer, de forma explícita, o valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo.

Letra do Tesouro: Qualquer título emitido pelo governo federal, com prazo fixo e que paga juros de mercado. As Letras do Tesouro são usadas como instrumento de controle do dinheiro circulante e de financiamento a investimento e obras públicas.

Letra hipotecária: Título de crédito emitido por bancos hipotecários, que têm como lastro os créditos habitacionais concedidos pela instituição. A LH paga a TR (Taxa Referencial) mais uma taxa de juros negociável, de acordo com prazo de aplicação e volume aplicado. Para o investidor, a principal vantagem destes títulos é a isenção de Imposto de Renda, o que pode tornar o investimento mais atrativo do que outras alternativas como fundos de renda fixa ou CDB (Certificado de Depósito Bancário), por exemplo.

Letra imobiliária: Título emitido por sociedades de crédito imobiliário, destinado à captação de recursos para o financiamento de construtores e adquirentes de imóveis.

LIBOR - London Interbank Ordinary Rate: É a taxa de juros normalmente cobrada pelos bancos londrinos.

Liquidez: No mercado financeiro, é a facilidade e rapidez com que se converte um investimento qualquer em moeda corrente, com a menor perda possível de rentabilidade. Quanto mais rápido um título ou bem pode ser vendido no mercado, com o menor nível de perda de rentabilidade, maior a sua liquidez. Isso tem um valor, que está colocado no preço do ativo. O papel moeda é por definição o ativo de maior liquidez, porque é trocado sem custos e imediatamente. Em Bolsas de Valores, por exemplo, existem ações que são mais líquidas que outras, porque mais facilmente encontram compradores interessados. O mesmo acontece no mercado de imóveis e títulos de renda fixa. Também existem investimentos que não podem ser vendidos durante um determinado prazo de carência, ou mesmo durante todo o período da aplicação. São investimentos com nenhuma liquidez durante o tal período de referência. Uma aplicação em caderneta de poupança ou fundo de renda fixa pode ser resgatada diariamente, tendo portanto mais liquidez que um investimento em imóvel, que pode demorar para ser vendido a um preço de mercado. Não confundir liquidez com o prazo da aplicação. Ações, por exemplo, podem ser vendidas diariamente (são líquidas), mas se recomenda que sejam investimento com horizonte de longo prazo, ou seja, que na hora da compra haja uma disposição financeira para ficar neste investimento por um prazo suficiente, mesmo que longo, para que dê o retorno adequado.

Lote: Quantidade de títulos de característica idênticas.

Lote fracionário: Quantidade de ações inferior ao lote-padrão.

Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada pelas bolsas de valores.

Lote redondo: Lote Totalizando um número inteiro de lotes-padrões.

Lucratividade: Ganho líquido total propiciado por um título. Em bolsa, o lucro líquido proporcionado por uma ação, resultante de sua valorização em pregão em determinado período e do recebimento de proventos dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição distribuídos pela empresa emissora, no mesmo intervalo de tempo.

Lucratividade média: Média das várias lucratividade alcançadas por um título em diversos períodos.

Lucro líquido por ação: Ganho por ação obtido durante um determinado período de tempo, calculado por meio da divisão do lucro líquido de uma empresa pelo número existente de ações.


M

Manipulação: No mercado financeiro, manipular é agir ou usar informações de forma irregular, para provocar distorções no mercado, desconsiderando as regras vigentes. Manipulação é crime. Em geral está associada ao objetivo de conseguir lucros indevidos ou provocar prejuízos. É o caso de investidores que soltam boatos mentirosos ou que tentam forçar os preços dos ativos a subirem ou caírem. A concentração dos ativos na mão de poucos vendedores facilita a manipulação do mercado, mesmo quando ela não ocorra de fato. O mercado financeiro tem regras e mecanismos para evitar a manipulação. A manipulação é péssima para o mercado, porque reduz a credibilidade na eficiência e justiça das operações financeiras, provocando perdas para a maioria dos agentes do mercado.

Margem: Montante, fixado pelas bolsas de valores, a ser depositado em dinheiro, títulos ou valores mobiliários, pelo cliente que efetua uma compra ou venda a termo ou a futuro, ou um lançamento a descoberto de opções.

Market maker: Na tradução literal, significa formador de mercado. São instituições que têm habilitação técnica e capacidade financeira para se comprometer a manter ofertas permanentes de compra e venda para determinadas quantidades de ações ou outros ativos. A bolsa é quem estipula o tamanho do lote mínimo de ações e o spread - taxa adicional de risco - máximo entre a oferta de compra e venda que o market maker é obrigado a manter diariamente no mercado.

Maxidesvalorização: A princípio, qualquer desvalorização drástica de uma moeda pode ser denominada maxidesvalorização.

Mega Bolsa: Nome dado à tecnologia de negociação atualmente utilizada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), implantada em 1997. O sistema engloba o pregão viva voz e os terminais remotos pelos quais as corretoras podem enviar suas ordens de compra ou venda diretamente de seus escritórios, em qualquer parte do País. O sistema reproduz na tela o ambiente de negócios, exibindo os registros de ofertas e propiciando o fechamento automático das operações.

Mercado a termo: 1 - Aquele em que é assumido compromisso de compra e/ou venda para liquidação em data futura, ficando as partes compradora e vendedora vinculadas umas às outras até a liquidação do contrato. 2 - Negócios realizados nas Bolsas de Valores ou de Mercadorias com um vencimento futuro acertado entre as partes. É um mercado diferente do futuro porque o preço é efetivamente pago apenas no vencimento, sem ajustes diários.

Mercado à vista: Mercado em que os negócios são realizados com pagamento à vista e entrega imediata da mercadoria. No mercado financeiro, a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) se processa no 2º dia útil após a realização do negócio em pregão e a liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva liquidação física.

Mercado Comum Europeu: Entidade supranacional que congrega doze países da Europa Ocidental (Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo em 1957; Irlanda, Inglaterra e Dinamarca em 1973; Grécia em 1981 e Portugal e Espanha em 1986). Os países membros estabeleceram um sistema que tende a fundir seus mercados nacionais em um único mercado, instituindo facilidades para circulação entre eles de mercadorias e serviços; capitais e mão de obra. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Mercado de ações: Segmento do mercado de capitais, que compreende a colocação primária em mercado de ações novas emitidas pelas empresas e a negociação secundária (em bolsas de valores e no mercado de balcão) das ações já colocadas em circulação.

Mercado de balcão: Mercado de títulos sem lugar físico determinado para as transações, as quais são realizadas por telefone entre instituições financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em bolsas de valores e outras espécies de títulos, sem que haja conhecimento público, ou que outros agentes possam fazer ofertas para alterar o rumo da operação. É o mercado de valores mobiliários realizado fora das Bolsas de Valores, onde a negociação ocorre diretamente entre a instituição financeira e outra instituição financeira ou não financeiras. Os valores são negociados apenas entre as partes envolvidas. É um mercado direto, sem intermediações.

Mercado de balcão organizado: Sistema organizado de negociação de títulos e valores mobiliários de renda variável pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

Mercado de bolsa: É o mercado onde as negociações são abertas e realizadas por sistema de leilão, ou seja, a venda acontece para quem oferece melhor lance. A arrematação e/ou a negociação é feita por pregão de viva-voz ou com auxílio de sistema informatizado.
Mercado de Câmbio: No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central (BACEN) e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes. O mercado de câmbio – de curto prazo – é regulamentado e fiscalizado pelo BACEN e compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no país e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Bacen, diretamente ou por meio de seus correspondentes. Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações referentes às transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais. À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas. Podem ser autorizados pelo BACEN a operar no mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos comerciais; caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; bancos de câmbio; agências de fomento; sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. Esses agentes podem realizar as seguintes operações: a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as operações previstas para o mercado de câmbio; b) bancos de desenvolvimento e agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo BACEN; c) sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: c1.) compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a transferências unilaterais; c2.) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais; c3.) operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e transferências do e para o exterior de natureza financeira, não sujeitas ou vinculadas a registro no Banco Central do Brasil (BACEN), até o limite de US$ 50 mil ou seu equivalente em outras moedas; e c4.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior. Além desses agentes, o BACEN também concedia autorização para agências de turismo e meios de hospedagem de turismo para operarem no mercado de câmbio. Atualmente, o Bacen não concede mais autorização para esses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agências de turismo que tenham pedido ao Bacen autorização para constituir instituição autorizada a operar em câmbio. As agências de turismo ainda autorizadas podem continuar a realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem, relativamente a viagens internacionais. Maiores informações sobre o mercado de câmbio podem ser acessadas através do link http://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/mercCam.asp#15.
Mercado de Capitais: 1 – É o conjunto de mercados, instituições e ativos que viabiliza a transferência de recursos financeiros entre tomadores (companhias abertas) e aplicadores (investidores) destes recursos. Essa transferência ocorre por meio de operações financeiras que podem se dar diretamente entre companhias e investidores ou através de intermediários financeiros. As operações que ocorrem no mercado de capitais, bem como seus participantes são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 2 Toda a rede de Bolsas de Valores e instituições financeiras (bancos, companhias de investimento e de seguro) que opera com compra e venda de papéis (ações, títulos de dívida em geral). Para que o mercado de capitais cumpra o papel de atuar positivamente para o crescimento econômico é necessário que se assegure a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários. Esse papel, diga-se de passagem, é uma incumbência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 3 – Mercado que tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo para agentes deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado.

Mercado de Créditos: Mercado de curto prazo onde atuam diversas instituições financeiras e não financeiras prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O BACEN é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado.

Mercado de derivativos: 1 - É aquele no qual são negociados contratos referenciados em ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, moedas ou mercadorias, com vencimento e liquidação estabelecidos para uma data futura e por um preço determinado. 2 - É o mercado no qual a formação de seus preços deriva dos preços do mercado à vista. Neste universo, temos os mercados futuros, a termo, de opções e de swaps.

Mercado de opções: São contratos que negociam o direito de comprar ou vender algo. A palavra direito, neste caso, faz toda a diferença. Quem compra uma opção de compra de uma ação, por exemplo, tem direito de comprar esta ação por um dado preço acertado entre as partes (preço de exercício), em determinada data (vencimento), ou antes dela (alguns contratos permitem exercício do direito - da opção - antes do vencimento). Por este direito, o comprador da opção paga um preço chamado prêmio. Ou seja: o comprador da opção paga o prêmio pelo direito. E se exercer, paga a ação ao preço de exercício combinado em contrato. Exercendo ou não a opção, o comprador perde o prêmio para o vendedor. A lógica por trás deste sistema é a seguinte: quem compra uma opção de compra a R$ 100 acredita que no vencimento a ação estará custando mais de R$ 100. Ou seja: vai poder comprar barato e vender mais caro no mercado. O comprador tanto acredita nisso que paga um prêmio para o vendedor da opção. Já o vendedor acredita no contrário: que o preço de R$ 100 está é caro para a data de vencimento. E aceita correr o risco de estar errado em troca do mesmo prêmio. Nas opções de venda a lógica é a mesma, mas a operação é diferente. Quem vende uma opção de venda corre o risco de ter que comprar ação de quem comprou esta opção. Neste caso, o vendedor da opção de venda acredita que o preço no vencimento estará acima do valor de exercício, de forma que o comprador deste direito não vai querer vender sua ação por preço mais barato. O comprador da opção de venda, na contramão, acredita que o preço de mercado estará mais baixo, de forma que terá interesse em vender o papel pelo preço de exercício.

Mercado de Swaps: É aquele em que as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, casar posições ativas com posições passivas, equalizar preços, arbitrar mercados ou até alavancar sua exposição ao risco.

Mercado financeiro: È o mercado voltado para a transferência de recursos entre os agentes econômicos. No mercado financeiro, são efetuadas transações com títulos de prazos médio, longo e indeterminado, geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro e fixo.

Mercado futuro: 1 - É aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de determinada quantidade de um ativo financeiro ou real, para liquidação (física e/ou financeira) em data futura. As operações do mercado futuro são realizadas em pregão, através da compra e venda de contratos autorizados pela Bolsa, a qual estabelece a padronização dos mesmos. 2 - Mercado no qual são realizadas operações, envolvendo lotes padronizados de commodities ou ativos financeiros, para liquidação em datas prefixadas. De forma simplificada, é um contrato que dá direito ao comprador ao recebimento de mercadoria ou ativo financeiro, ou seu equivalente em valores monetários, em data futura determinada. Naturalmente, este contrato cria obrigação semelhante em sentido contrário e complementar para o vendedor do contrato. O mercado futuro pode ser usado como operação de hegde (seguro), ou por especuladores. Por exemplo, um agricultor tem interesse em vender seu café a no mínimo R$ 170, mas está com receio que na safra, daqui a seis meses, o preço de mercado não esteja neste patamar. Então, verifica que os contratos futuros de café com vencimento em seis meses estão custando R$ 180. Na outra ponta temos a administração de uma torrefadora. Ela quer garantir que daqui a seis meses vai poder comprar café a um preço razoável dentro do padrão de renda de seus consumidores. A administração também acha razoável o preço do contrato de café com vencimento em seis meses a R$ 180. Então, o produtor vende contrato de café no mercado futuro e se compromete no vencimento a entregar seu produto ao preço acertado. A torrefadora, que comprou o contrato, aceita pagar este preço no vencimento. Ambos fizeram uma operação de hedge, se garantindo mutuamente contra oscilações (altas ou baixas) maiores de preços. Se o preço subir acima deste patamar, o agricultor terá deixado de ganhar, e a torrefadora terá economizado. E vice-versa. Este mesmo instrumento poderia ser usado com maior nível de risco. Suponha que o mesmo agricultor acredite que R$ 180 é um preço muito barato, e resolva comprar 10 contratos neste valor para ganhar se o preço subir. Seu objetivo então é ganhar com a venda de seu produto mais a diferença entre os preços de R$ 180 e o quanto espera que o produto custe no mercado, por exemplo, $ 400, se o preço esperado for de R$ 220. Porém, se o preço cair para R$ 150, o agricultor vai vender sua própria produção a este preço, e ainda vai ter que pagar R$ 180 por algo que vale R$ 150 no mercado, perdendo um total de R$ 300 no exemplo dado. O mesmo contrato futuro, neste caso, serviu para uma operação de risco, com perdas. Do ponto de vista técnico, este mercado se diferencia do a termo porque exige que os participantes paguem ajustes diários, como forma de diminuir o risco da operação. Desta forma, se o preço do contrato sobe, seu vendedor é obrigado a pagar a diferença para o comprador. E se o preço do contrato cai, o comprador paga a diferença ao vendedor. Isso reduz o risco porque vai obrigando compradores e vendedores a pagarem diariamente a diferença, evitando que uma eventual inadimplência de algum agente seja conhecida apenas no vencimento, quando os prejuízos para o mercado podem ser mais expressivos.

Mercado Monetário: É o mercado de curto prazo onde se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O BACEN atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária.

Mercado primário: Se refere à primeira colocação de ações ou outros títulos no mercado financeiro, provenientes de novas emissões. As empresas recorrem ao mercado primário para captar diretamente dos investidores os novos recursos de que necessitam, visando ao financiamento de seus projetos de expansão ou seu emprego em outras atividades.

Mercado secundário: Mercado no qual ocorre a negociação dos títulos adquiridos no mercado primário, proporcionando a liquidez necessária. É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos.

Mercosul: O Mercado Comum do Sul, conhecido como Mercosul (em espanhol, Mercosur), é um acordo de livre comércio entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, estabelecido pelo Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991. São membros associados a Bolívia (desde 1997) e o Chile (desde 1996), países que negociam a entrada no Mercosul. Nem todas as medidas acordadas já foram implementadas, como o estabelecimento da tarifa externa comum para todos os produtos, mas as relações entre os países membros aprofundaram-se muito desde a sua vigência. Os objetivos do Mercosul são o estabelecimento de uma tarifa externa comum, a adoção de uma política comercial comum e a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais dos seus membros. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

M & A - Merger and Acquisition: Significa fusão e/ou aquisição de uma empresa por outra.

Meta: Mercado de Empresas Teleassistidas implantado desde agosto de 1996. É um mercado de acesso da Bovespa. Empresas que desejam lançar ações na Bovespa usam o Meta para ganhar liquidez, para se mostrar ao mercado, com maior facilidade do que necessitam na própria Bolsa. O Meta tem regras e tratamento próprios, mas as empresas nele transacionadas fazem parte do mercado principal da Bovespa, obedecendo às suas normas e regulamentos. Para a realização das operações no Meta, é necessário que um promotor de negócios (pessoa jurídica) seja o intermediário das negociações de ações desta empresa, garantindo ofertas diárias firmes de compra e venda dos papéis. Além disso, as operações terão início a partir do recebimento de ofertas de compra e venda durante o período de pré-abertura do mercado, o qual tem como objetivo estabelecer o preço base de abertura. Após o fechamento dos negócios com base nas ofertas colocadas no período de pré-abertura, o mercado do papel abre para a negociação contínua do mesmo.

Moeda corrente: Dinheiro autorizado a circular legalmente pelo país, emitido pelo governo e utilizado como forma de pagamento.

Moeda podre: Denominação dada a títulos da dívida pública ou de estatais, que não têm liquidez (facilidade de negociação) por não terem sido pagos no vencimento. São aceitos pelo seu valor nominal nos processos de privatização. Estes títulos são negociados no mercado com grande desconto (deságio) em relação ao seu valor nominal (de face). Ou seja: o valor de mercado é bem inferior ao valor nominal. O tamanho do deságio depende do emissor (muitas vezes estatais que não existem mais), do vencimento do título e de outras características. Se tornaram populares nos processos de privatização ao serem aceitas como forma de pagamento pelo seu valor nominal.


N


NAFTA -North American Free Trade Agreement: O NAFTA é a ampliação do acordo de livre comércio existente entre os Estados Unidos e o Canadá desde 1989, com a inclusão do México em 1994 como uma ampliação do FTA. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Nasdaq: National Association of Security Dealers Automated Quotation System. Bolsa norte-americana em que são negociados papeis de empresas de Internet, informática e alta tecnologia. Opera no mercado de balcão, cujos títulos são negociados por meio do pregão eletrônico.

Nasdaq Composite Index: Principal índice de ações negociadas na Nasdaq, bolsa eletrônica norte-americana que negocia ações das principais empresas de tecnologia e Internet. Exprime a variação média diária dos preços das ações listadas nesta bolsa.

Negociação comum: Aquela realizada em pregão, entre dois representantes de diferentes sociedades corretoras, a um preço ajustado entre ambos.

Negociação direta: Realizada sob normas especiais por um mesmo representante de sociedade corretora para comitentes diversos. Os interessados nessa operação devem preencher o cartão de negociação ou digitar um comando específico no caso de negociação eletrônica indicando que estão atuando como comprador e vendedor ao mesmo tempo.

Negociação por terminais: Veja Pregão eletrônico.

Nota de corretagem: Documento que a sociedade corretora apresenta ao seu cliente, registrando a operação realizada, com indicação da espécie, quantidade de títulos, preço, data do pregão, valor da negociação, da corretagem cobrada e dos emolumentos devidos.

Novo Mercado: Nome dado ao novo segmento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), oficialmente lançado em 11 de dezembro de 2000. A proposta é de manter um sistema de negociação separado na Bolsa, no qual serão negociadas apenas ações de empresas que atendam a um conjunto de exigências que protegem os acionistas minoritários. O objetivo é atrair maior número de investidores, nacionais e internacionais, e aumentar o volume de negócios. Embora já lançado, o Novo Mercado ainda não tem data certa para começar a funcionar. A adesão das empresas é voluntária e elas precisam de um tempo para adaptar-se aos padrões exigidos.



O

Oferta de direitos: Oferta feita por uma empresa a seus acionistas, dando-lhes a oportunidade de comprar novas ações por um preço determinado, em geral abaixo do preço corrente do mercado, e dentro de um prazo relativamente curto.

Oferta pública de compra: Proposta de aquisição, por um determinado preço, de um lote específico de ações, em operação sujeita a interferência.

Oferta publica de venda: Proposta de colocação, para o público, de um determinado número de ações de uma empresa.

Opção: Contrato que envolve o estabelecimento de direitos e obrigações sobre determinados títulos, com prazo e condições preestabelecidos.

Opção coberta: Quando há o depósito, em bolsa de valores, das ações-objetos de uma opção.

Opção de Compra de ações: Direito outorgado ao titular de uma opção de, se desejar, adquirir do lançador um lote-padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado, durante o prazo de vigência da opção.

Opção de venda de ações: Direito outorgado ao titular de uma opção de, se o desejar, vender ao lançador um lote-padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado, na data de vencimento da opção.

OIB - Opções sobre o índice Bovespa: Proporcionam a seus possuidores o direito de comprar ou vender um índice Bovespa até (ou em) determinada data. Tanto o Prêmio como o preço de exercício dessas opções são expressos em pontos do índice, cujo valor econômico é determinado pela BOVESPA (atualmente R$ 1,00).

Open market: No sentido amplo, é qualquer mercado sem local físico determinado e com livre acesso à negociação. No Brasil, porém, tal denominação se aplica ao conjunto de transações realizadas com títulos de renda fixa, de emissão pública ou privada.

Opep: A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com sede em Viena, foi fundada em 1960 por cinco países: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. Posteriormente, mais países se associaram, restando até hoje o Qatar (desde 1961); Indonésia (1962); Líbia (1962); Emirados Árabes Unidos (1967); Argélia (1969); Nigéria (1971). A Opep é um cartel do qual participam países em desenvolvimento dependentes de suas exportações de petróleo como principal fonte de renda. Seu objetivo é controlar o mercado de petróleo de modo a garantir a receita de seus países com a exportação do produto. Seus membros são responsáveis por cerca de 40% da produção mundial de petróleo e aproximadamente 65% das reservas mundiais conhecidas de óleo cru.

Operação caixa: Operação pela qual um investidor vende a vista um lote possuído de ações e o recompra, no mesmo pregão, em um dos mercados a prazo; o custo do financiamento é dado pela diferença entre os preços de compra e de venda.

Operação de financiamento Consiste na compra a vista de um lote de ações e sua venda imediata em um dos mercados a prazo; a diferença entre os dois preços é a remuneração da aplicação pelo prazo do financiamento.

Operador de pregão: Representante de uma sociedade corretora, que executa ordens de compra e de venda de ações no pregão de uma bolsa de valores.

Operador do sistema eletrônico: Representante de uma sociedade corretora, que executa ordens de compra e de venda de ações e/ou opções, pelo sistema de pregão eletrônico da Bovespa.

Ordem: Instrução dada por um cliente a uma sociedade corretora, para a execução de compra ou venda de valores mobiliários.

Ordem administrada: O investidor especifica somente a quantidade e as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender. A execução da ordem ficará a critério da corretora.

Ordem casada: Composta por uma ordem de compra e uma outra de venda de um determinado valor mobiliário. Sua efetivação só se dará quando ambas puderem ser executadas.

Ordem a mercado: Quando só há a especificação da quantidade e das características de um valor mobiliário. Deve ser efetuadas desde o momento de seu recebimento no pregão.

Ordem de financiamento: constituída por uma ordem de compra (ou venda) de um valor mobiliário em um tipo de marcado e uma outra concomitante de venda (ou compra) de igual valor mobiliário no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimento distintos.

Ordem de Pagamento: Qualquer documento escritural em que uma pessoa autoriza outra a receber pagamento de uma terceira. Nesse contexto, as ordens de pagamento mais comuns são o próprio papel moeda e o cheque.

Ordem discricionária: Pessoa física ou jurídica que administra carteira de títulos e valores mobiliários ou um representante de mais de um cliente estabelecem as condições de execução da ordem. Após executada, o ordenante indicará: 1.O nome do investidor (ou investidores); 2. A quantidade de títulos e/ou valores mobiliários a ser atribuída a cada um deles; 3. Preço.

Ordem limitada: Aquela que deve ser executada por um preço igual ou melhor do que o especificado pelo comitente.

Ordem on-stop: O investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada. 1. Ordem on-stop de compra Será executada quando, em uma alta de preços, ocorrer um negócio a preço igual ou maior que o preço determinado; 2. Ordem on-stop de venda Será executada quando, em uma baixa de preços, ocorrer um negócio a um preço igual ou menor que o preço determinado.

OMC - Organização Mundial do Comércio: A Organização Mundial do Comércio, com sede em Genebra, foi criada em 1995 como uma conclusão da Rodada Uruguai do Gatt (Acordo Geral de Comércio e Tarifas), mecanismo anterior de regulamentação do comércio internacional. Desde sua fundação, a OMC é o organismo multilateral responsável pela regulamentação do comércio entre os 140 países associados, com o objetivo de liberalizar o comércio internacional. Suas principais funções são de administrar tratados comerciais, estabelecer fóruns de negociação comercial, mediar disputas comerciais e monitorar políticas comerciais nacionais.

Oscilação: Variação (positiva ou negativa) verificada no preço de um mesmo ativo em um determinado período de tempo.

Overnight: Operações realizadas no open market por prazo mínimo de um dia, restritas às instituições financeiras. Operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte. No mercado é comum usar a abreviação over para este tipo de operação. O Over Andima é uma taxa referencial da média dos negócios realizados por um dia com troca de títulos públicos, segundo cálculos da Andima.


P

Paraísos Fiscais: Países que oferecem incentivos às operações financeiras, por meio de vantagens como o sigilo total e a cobrança de impostos baixos ou nulos. Como exemplos podemos citar : Hong Kong, Bahamas, Ilhas Caymann, Luxemburgo, Suiça e Panamá.

P / L: Índice preço/lucro. É um índice usado no mercado financeiro para comparação de ações com a finalidade de identificar qual está barata ou cara, considerando este índice relativo. O índice é obtido da divisão do preço de uma ação no mercado pelo lucro líquido anual da ação em questão. Dessa maneira, o P/L indica uma estimativa de prazo, em anos, para que o investidor recupere o capital aplicado na compra da ação, assumindo-se a distribuição integral dos lucros da empresa. Na prática isso não acontece, porque o lucro e o preço da ação não são lineares (iguais todos os anos), nem os dividendos correspondem a 100% do lucro. Mas não deixa de ser uma estimativa.

Passivo: Conjunto das dívidas e obrigações da empresa. É o oposto do Ativo, o qual representa o conjunto dos direito e bens da empresa.

Patrimônio: É o conjunto dos bens de uma pessoa ou empresa.

Patrimônio Líquido: Conceito da contabilidade. Corresponde à diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (dívidas e obrigações) de uma empresa. Se o passivo supera o ativo, temos um patrimônio líquido negativo.

Payout: Percentual do lucro de uma empresa pago em forma de dividendo.

Perfil do investidor: É o conjunto de características do investidor no que se refere a seus investimentos. Depende basicamente do nível de risco que aceita tomar nas suas aplicações, do horizonte de investimento (prazo para investimento), do nível de rendimento desejado, do horizonte de renda a receber, do nível de despesas familiar, do nível de segurança a garantir etc. É um conjunto muito grande de variáveis que vai definir quanto o investidor aceita colocar (ou não) numa aplicação de risco, quanto pode poupar, e se deve ou não fazer um seguro de vida. Quanto menos aceita risco, mesmo que recebendo rendimentos menores, mais conservador é o investidor. Quanto mais aceita riscos, apostando em rendimentos maiores, mais agressivo é o investidor. O perfil é pessoal, mas pode mudar com o tempo. Um jovem sem filhos naturalmente tem maior disposição ao risco do que uma pessoa perto da aposentadoria, que ainda tenha filhos para educar. Também um nível maior de despesas fixas torna as pessoas mais conservadoras, porque precisam ter reservas maiores para emergências, ou mesmo um caso de desemprego. Outras vezes, a parte destinada à poupança é reduzida porque se torna necessário fazer um seguro de vida, o que também faz com que o investidor tenda a ficar mais conservador. Vale lembrar, no entanto, que não existem regras para este perfil. Pode haver pessoas que tomam grandes riscos mesmo que este não seja seu perfil esperado. Mas são exceções. Os bancos de investimento costumam ter testes para traçar o perfil do investidor antes de oferecer produtos. De qualquer forma, o próprio investidor deve perguntar que nível de risco aceita antes de fazer qualquer investimento.

Permissionária: Sociedade corretora especialmente admitida no pregão de uma bolsa de valores, da qual não possui título patrimonial.

Pessoa Jurídica: Qualquer instutuição (empresa, sociedade, corporação, etc.) que se personaliza e individualiza, distinguindo-se das pessoas físicas que a formam.

PGBL: Plano Gerador de Benefícios Livres.

PIB - Produto Interno Bruto: É a medida do produto gerado na economia durante um determinado período de tempo. O cálculo é feito em unidades monetárias (Reais, Dólares etc) porque essa é a única forma de somar coisas tão distintas como bens (carros, toneladas de trigo, etc) e serviços (o produto gerado em escolas, bancos, barbeiros, hospitais, etc). A sua variação anual reflete o quanto a economia produziu a mais, ou a menos, que no ano anterior. A variação de 5,8% em 1994, por exemplo, mostra o quanto os brasileiros produziram a mais neste ano em relação ao anterior, já descontada a inflação do período. Por outro lado, é muito importante relacionar o crescimento da produção com o da população do país, pois, é esta relação que determinará se, na média, a população está "enriquecendo" ou não. Como exemplo pode-se observar os resultados do ano de 1991: mesmo com o crescimento de 0,3% do PIB, a evolução do PIB per capita foi negativa (-1,3%), evidenciando que a população cresceu mais do que a produção naquele ano, mostrando que, na média, a população empobreceu. É importante lembrar que o PIB per capita é apenas uma média indicativa: a distribuição deste ganho ou perda se dá de forma desigual entre as diferentes pessoas, e este efeito não é captado por este indicador. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.
  
PIB per capta: É muito importante relacionar o crescimento da produção (PIB) com o da população do país, pois, é esta relação que determinará se, na média, a população está "enriquecendo" ou não. Como exemplo pode-se observar os resultados do ano de 1991: mesmo com o crescimento de 0,3% do PIB, a evolução do PIB per capita foi negativa (-1,3%), evidenciando que a população cresceu mais do que a produção naquele ano, mostrando que, na média, a população empobreceu. É importante lembrar que o PIB per capita é apenas uma média indicativa: a distribuição deste ganho ou perda se dá de forma desigual entre as diferentes pessoas, e este efeito não pode ser captado neste indicador. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.
  
Posição em aberto: Saldo de posições mantidas pelo investidor em mercados futuros e de opções.

Poupança: Parcela da renda não utilizada para consumo.

Prazo: No mercado financeiro é o tempo definido para resgate de um título. Pode ser diário, mensal, anual, ou ter qualquer prazo combinado entre as partes. Alguns títulos não permitem o resgate antecipado. Outros podem ser resgatados antecipadamente, como a caderneta de poupança, mas com a perda de rendimento. E também existem os casos de títulos que pagam apenas parte do rendimento compromissado se o resgate for antecipado. No mercado financeiro também é comum se falar em investimento de curto, médio e longo prazos, como indicativos do tempo que se espera para que um investimento dê retorno. Estes são conceitos relativos, e não se referem ao prazo efetivo de aplicação, mas ao horizonte de investimento. Ações, por exemplo, são recomendadas como investimento de longo prazo, mas podem ser compradas e vendidas diariamente. Dependendo da circunstância, curto prazo pode ser um dia ou um mês. No Brasil, dada a histórica instabilidade econômica e elevada inflação, investimentos até um mês são considerados de curto prazo. Até um ano é médio prazo. E mais de um ano é longo prazo. À medida que a estabilidade econômica prevaleça, os conceitos de prazo de investimento deverão ser alongados. Nos Estados Unidos, o governo emite com facilidade títulos com vencimento em 30 anos. No Brasil, é difícil pensar num preço correto para títulos com mais de um ou dois anos.

Prazo de subscrição: Prazo fixado por uma sociedade anônima para que o acionista exerça seu direito de preferência na subscrição de ações de sua emissão.

Preço de exercício da opção: Preço por ação pelo qual um titular terá direito de comprar ou vender a totalidade das ações-objeto da opção.

Pregão: Sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma bolsa de valores, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica da BOVESPA.

Pregão eletrônico: Sistema eletrônico de negociação por terminais, que permite a realização de negócios, por operadores e corretoras credenciados, nos mercados a vista, a termo e de opções, com papéis e horários definidos pela BOVESPA.

Prêmio: É um termo usado em vários sentidos no mercado financeiro, associado ao ganho extraordinário que um agente tem ao tomar um risco qualquer. No mercado de opções, é o valor pago por quem compra o contrato para o emissor deste contrato. Como é o emissor que fica com o risco, novamente a palavra está associada a um ganho que se tem pela tomada de um risco.

Prêmio de Risco: Na metodologia de cálculo do índice de Sharpe, para avaliação de fundos de investimento, o termo representa a rentabilidade acima da taxa livre de risco (riskfree) ou do benchmark (parâmetro de mercado usado como medida de desempenho). O prêmio de risco é sempre definido em relação a uma aplicação alternativa. No índice de Sharpe, este prêmio é a rentabilidade média do fundo que supera à da caderneta de poupança, no período de cálculo considerado. É de se esperar que o fundo pague uma rentabilidade adicional sobre a poupança, considerada um ativo sem risco.

Prime Rate: Indica nos Estados Unidos, a taxa preferencial de juros, mais baixa que a vigente no mercado e cobrada de tomadores de empréstimos privilegiados.

Private banking: Segmento dos bancos que faz atendimento diferenciado e exclusivo a clientes pessoa física que possuem grande volume de investimento. Cada instituição define qual o patamar mínimo de investimentos ou patrimônio para que o cliente seja atendido no private banking.

Privatização Aquisição ou incorporação de uma companhia ou empresa pública por uma empresa privada. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

Produção Industrial: A pesquisa mensal industrial do IBGE fornece, mensalmente, uma estimativa do movimento do produto da indústria em termos físicos. Trata-se de um índice de quantum (análise das quantidades produzidas), cuja a base de comparação instituída pelo IBGE é atualmente o ano de 1991. O índice sazonalmente ajustado é aquele que procura, através de modelos estatísticos, eliminar os movimentos previsíveis de alta ou queda de produção para cada setor. Como exemplo de um movimento sazonal, temos o tradicional crescimento da produção de bens de consumo nos últimos meses do ano, em função da expectativa de um maior volume de vendas, devido ao Natal. Uma série ajustada sazonalmente já elimina este movimento previsível, ficando como resultado apenas a variação "pura" daquele período. Assim, hipoteticamente, se tivermos uma variação de +3%, já sazonalmente ajustada, na comparação entre a produção de um determinado bem no mês de novembro de 1996, em relação à realizada em fevereiro de 1996, isto representaria que, já descontado o movimento médio esperado para o período, houve um crescimento de 3% na produção - o ajuste sazonal torna possível a comparação "pura" entre dados.

Proventos: Veja Benefícios.

Put: Veja Opção de venda de ações.


Q

Quadro de cotações: Local no recinto de negociações das bolsas de valores onde os diversos preços e quantidades de ações negociadas são apresentados.

Quinta feira Negra: O dia 24 de outubro de 1929, quando teve início a queda na Bolsa de Valores de Nova York, desencadeando a Grande Depressão que estenderia até meados da década de 30.

Quota (de fundo ou clube de investimento): Parte ideal de um fundo ou clube de investimento, cujo valor é igual à divisão de seu patrimônio líquido pelo número existente de quotas.


R


R2: É uma medida do grau de relacionamento entre a rentabilidade do fundo e a do mercado de ações (medido pelo IBA - Índice Brasileiro de Ações). Um R2 de 0,9, por exemplo, indica que 90% das variações do fundo são explicadas pelo comportamento do IBA. O valor máximo que o R2 pode atingir é 1 (equivalente a 100%). Neste caso, toda e qualquer variação ocorrida seria explicada pelo comportamento do IBA.

Rating: É a avaliação e a classificação de ativos, fundos de investimento, empresas ou mesmo países, com base principalmente no critério de risco, feitas por companhia independente, especializada neste processo. O rating é expresso numa espécie de nota, sendo que cada instituição tem seu próprio sistema de notas, que não é comparável às demais. O rating soberano é o que avalia o risco de países, considerando, por exemplo, o risco de não pagamento de dívidas do governo, nível de endividamento, cumprimento de metas fiscais etc. Quanto maior o risco de uma moratória, por exemplo, quando o país não tem condições de honrar seus compromissos, menor o rating. O rating soberano influencia a confiança dos investidores estrangeiros na decisão de encaminhar ou não seus investimentos ao país. E também está intimamente ligado com o nível de juro cobrado pelo investidor para emprestar seu dinheiro. Quanto maior o risco, maior a taxa de juro exigida.

Razão Social: É o nome devidamente registrado sob o qual uma pessoa jurídica se individualiza e exerce suas atividades. A razão social diferencia-se do nome dado a um estabelecimento ou do nome comercial com que a empresa pode ser reconhecida junto ao público.

Recibo de subscrição: Documento que comprova o exercício do direito de subscrição, passível de ser negociado em bolsas de valores.

Recompra de ações: É a reaquisição das ações pela própria empresa emissora.

Redesconto: São duas as operações de redesconto no Brasil: redescontos de liquidez ou especiais. Os especiais são refinanciamentos de operações específicas, previstas por lei como financiamentos de produtos agrícolas, à exportação de manufaturados, etc. Quanto ao empréstimo de liquidez, trata-se de uma operação eventual, para cobrir o caixa de bancos com problemas momentâneos de liquidez. Por exemplo, caso um banco se programe para um volume de saque líquido de R$ x,xx na compensação de um determinado dia, e, na verdade ele foi superior a esta quantia, para que as operações deste banco sejam honradas, o Bacen empresta o valor necessário a este banco, cobrando uma taxa de juros superior à taxa média cobrada no mercado financeiro.


Registro em Bolsa: Condição para que uma empresa tenha suas ações admitidas à cotação em uma bolsa de valores, desde que satisfaça as normas estabelecidas pela mesma.

RCTB - Recibo de Carteira da Telebrás: Cesta de 13 ações, que contém papéis das 12 holdings criadas com a cisão da Telebrás, além das ações da própria Telebrás.

Renda Fixa: É o nome genérico que se dá para as aplicações em títulos que pagam juros, ou em investimentos que tenham carteira composta com maioria de títulos de renda fixa. Numa avaliação rigorosa, apenas as aplicações com juro prefixado poderiam ter este nome, por efetivamente fixar o rendimento. Na prática, este termo é usado também para os títulos que pagam juros pós-fixados. A comparação deve ser feita com ativos de renda variável, cujo comportamento é mais volátil e inesperado, assim, temos que CDB , LTN , cadernetas de poupança e títulos de crédito possuem renda fixa, que pode ser inteiramente pré-fixada ou vinculada à correção monetária.

Renda Variável: Rendimento obtido em aplicações cujos rendimento é desconhecido. É o caso geral de investimento em ações e em imóveis. O investidor quando compra este tipo de ativo acredita poder ganhar, mas não tem certeza de quanto, e sabe que também pode perder dinheiro. Ninguém sabe quanto será pago em dividendo ou aluguel, nem se o valor do ativo vai subir ou cair ao longo do tempo.

Rentabilidade: Ganho ou perda monetária ocorrida em um investimento, provocados pela variação de preço do título financeiro, ou pelo recebimento de uma renda derivada da posse do bem, como o recebimento de dividendos ou de aluguel. A rentabilidade costuma ser apresentada em valores percentuais. No moderno conceito financeiro, não basta avaliar qual a rentabilidade de um ativo, mas qual a rentabilidade em relação ao risco trazido para a carteira de investimentos. Ou seja: é sempre necessário avaliar se o rendimento esperado compensa ou não o risco assumido (relação retorno-risco). Um bom parâmetro para pensar a questão é comparar a rentabilidade esperada de um investimento com risco com a rentabilidade de um ativo sem risco, como a caderneta de poupança, em determinados volumes de aplicação. Naturalmente, um investimento com risco não pode pagar menos do que a caderneta de poupança.

Reservas Cambiais: As reservas cambiais refletem o montante de moeda estrangeira (e ouro) acumulado pelo país. O resultado do Balanço de Pagamentos, que reflete o resultado monetário das transações de bens e serviços realizadas pelos brasileiros com o exterior (Saldo em transações correntes), assim como o fluxo de capitais entre o país e o exterior (sejam empréstimos, financiamentos, aplicações em mercado financeiro, investimento direto em plantas industriais, etc), vai exprimir se houve acúmulo ou perda de moeda estrangeira no período, refletindo, portanto a variação das reservas cambiais. Vale lembrar que o Balanço de Pagamentos registra somente um fluxo monetário dentro de um determinado período (em geral os resultados são apresentados em trimestres ou anuais), enquanto que as Reservas Cambiais revelam o estoque de moedas estrangeiras em um determinado momento. Assim, podemos dizer que o Brasil, em dezembro de 1995, contava com um estoque de 52 bilhões de dólares em moeda estrangeira (Reservas Cambiais),e que, ao longo de 1995 houve um acúmulo de 13.5 bilhões de dólares no país.

Risco: Nível de incerteza quanto ao rendimento esperado de um investimento. No mercado financeiro, existem o risco de mercado e o risco de crédito. O risco de mercado é aquele relacionado com as oscilações de preço do investimento escolhido. O risco de crédito é o relacionado com a probabilidade de um título financeiro ser pago (risco de inadimplência do tomador do crédito). Regra geral, o nível de rentabilidade está associado ao nível de risco. Quanto maior o risco aceito pelo investidor maior deve ser a rentabilidade potencial deste investimento. Naturalmente, algumas aplicações envolvem maior risco. O investidor somente deve aplicar seu dinheiro num investimento quando conseguir entender o nível de risco que está assumindo. Não existe de fato investimento sem risco, embora o mercado até trabalhe com algumas taxas como se elas não tivessem risco algum, caso dos títulos do Tesouro norte-americano, e da caderneta de poupança no Brasil. Imagine um investidor que compra por cerca de $ 75 uma parte de um título norte-americano, com a promessa de receber 6% ao ano no prazo de cinco anos, quando então vai receber $ 100. Se no dia seguinte o juro subir para 7%, este mesmo título estará valendo no mercado $ 71. Ou seja: do dia para a noite perdeu dinheiro, se precisar vender o título, porque o juro mudou. Pode até não haver dúvidas de que o governo americano vai pagar suas dívidas, mas há o risco de perdas por alterações no mercado.

Risco Cambial: As operações financeiras que envolvem transação ou indexação cambial possuem o risco de perdas se houver uma variação cambial não esperada. Se um turista faz compras no exterior com cartão de crédito, corre o risco de, entre o ato da compra e o pagamento da fatura, ter ocorrido uma desvalorização cambial e ter que pagar mais do que o esperado, em reais, pela fatura do cartão. As empresas e pessoas físicas que tomam empréstimos indexados ao dólar também correm risco cambial.

Risco de Liquidez: É o risco associado à retenção de um ativo que não se consegue vender com facilidade (ativo sem ou com pouca liquidez), ou à necessidade de se fazer um empréstimo ou rolar uma dívida em um momento de escassez de recursos no mercado.

Risco País (ou de soberania): É o risco de o governo de um país mudar a sua política ao ponto de interferir nos pagamentos a credores estrangeiros, por questões econômicas ou políticas. Este risco geralmente está embutido na taxa de juros cobrada por empréstimos estrangeiros. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.




S

Sala de negociação: Local adequado ao encontro dos representantes de corretoras de valores e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de ações/opções, em mercado livre e aberto.

Samurai Bonds: São títulos de renda fixa denominados em yen (moeda do Japão), emitidos por não-residentes no Japão e vendidos naquele país. Estes títulos ficam sujeitos à legislação japonesa, condição que os diferencia dos títulos emitidos em yen no euromercado. O mercado de títulos de renda fixa no Japão é hoje o segundo maior do mundo, em boa parte devido à alta capacidade de poupança da população.

SEC - Securities & Exchange Comission: É a instituição de regulamenta o mercado de capitais norte-americano. É o órgão correspondente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos.

SELIC: Sigla de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Segundo o Banco Central (Bacen) o Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado. O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em parceria com a Anbima, tem seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário normal de funcionamento segue o do STR, das 6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para comandar operações, os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos previstos no regulamento do sistema. Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de investimento. Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os serviços de mais de um participante liquidante, exceto no caso de operações específicas, previstas no regulamento do sistema, tais como pagamento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas por intermédio de um liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não-liquidante. Os participantes não-liquidantes são classificados como autônomos ou como subordinados, conforme registrem suas operações diretamente ou o façam por intermédio de seu liquidante-padrão. Os fundos de investimento são normalmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, normalmente autônomas. As entidades responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação são obrigatoriamente participantes autônomos. Também obrigatoriamente, são participantes subordinados as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização, as entidades abertas de previdência, as entidades fechadas de previdência e as resseguradoras locais. O sistema conta com cerca de 6.879 participantes (set/2009). Já a Taxa Selic é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários (http://www.bcb.gov.br).

Série de opções: Opções do mesmo tipo, sobre a mesma ação-objeto, com o mesmo mês de vencimento e o mesmo preço de exercício.
SFN (Sistema Financeiro Nacional): O SFN é um contexto que envolve órgãos de regulação, instituições financeiras e auxiliares públicas e/ou privadas, que atuam na intermediação de recursos dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas, governo). É como um circo, que só funciona bem se todos os seus artistas (envolvidos) trabalharem de forma harmoniosa. Ou se preferirmos, podemos comparar esse sistema ao motor de um automóvel, onde neste caso as engrenagens e demais componentes devem trabalhar precisa e perfeitamente para que o mesmo funcione e o   carro ande. E quais seriam as principais engrenagens desse motor chamado de SFN? O CMN (Conselho Monetário Nacional), como principal órgão normativo, responsável pelas políticas e diretrizes monetárias da economia do país; o BACEN (Banco Central), autarquia que funciona como seu principal órgão executor e fiscalizador das instituições financeiras; a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), outra autarquia que funciona como órgão normativo voltado para o desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado mobiliário – onde são negociados principalmente ações, debêntures e quotas de participação em fundos de investimentos. Esses três órgãos citados (CMN, BACEN, CVM) são as principais engrenagens do motor que chamamos de SFN, pois regulam e fiscalizam todas as instituições financeiras, ou seja, as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que tenham como atividade principal a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros (recursos captados), em moeda nacional ou estrangeira, assim como a custódia de valor de propriedade de terceiros. Resumindo: todo tipo de instituição, seja pública ou privada, que atue no mercado financeiro, é parte integrante do corpo operacional do SFN.

SISBACEN: Sistema de Informações do Banco Central. É um conjunto de recursos de tecnologia da informação, interligados em rede, utilizado pelo Banco Central na condução de seus processos de trabalho. É um sistema eletrônico de coleta, armazenagem e troca de informações que liga o Banco Central aos agentes do Sistema Financeiro Nacional.

Sobras de subscrição: Direitos referentes ao não exercício de preferência em uma subscrição.

Sociedade Anônima: Empresa que tem o capital dividido em ações, com a responsabilidade de seus acionistas limitada proporcionalmente ao valor de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

Sociedade corretora: Instituição auxiliar do sistema financeiro, que opera no mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial no mercado de ações. É a intermediária entre os investidores nas transações em bolsas de valores. Administra carteiras de ações, fundos mútuos e clubes de investimentos, entre outras atribuições.

Sociedade de Fomento Mercantil: É a pessoa jurídica de natureza comercial que exerce atividade mercantil mista atípica que consiste na prestação de serviços diversos, seguida ou não, cumulativamente ou não, pela aquisição de direitos creditórios oriundos de vendas mercantis, da prestação de serviços, ou da venda de ativos.


Sociedade de Economia Mista: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao Poder Público. Exemplo deste tipo de sociedade: Banco do Brasil S/A.

Sociedade distribuidora: Instituição auxiliar do Sistema Financeiro que participa do sistema de intermediação de ações e outros títulos no mercado primário, colocando-os à venda para o público.

Sociedade Limitada: Sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada. Cada sócio responde apenas na medida da sua cota. Deve adotar uma razão social que explique, o quanto possível, o objetivo da sociedade e seja sempre seguida da palavra "limitada" ou "Ltda".

Soma: Sociedade Operadora do Mercado de Acesso. É o mercado de acesso para as empresas que pretendem lançar seus papéis na Bolsa de Valores de São Paulo. A empresa lança seu papel na Soma para tentar atingir a liquidez de mercado (facilidade de negociação da ação) necessária para entrar na Bolsa paulista. É uma espécie de primeira etapa para ganhar a confiança do mercado. Assim como as bolsas, a Soma também está sob a fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários.

Solvência: Capacidade que uma instituição financeira tem de atender ao pagamento das obrigações na respectiva data de vencimento.

Split: Elevação do número de ações representantes do capital de uma empresa pelo desdobramento, com a correspondente redução de seu valor nominal.

Spread: Taxa adicional de risco cobrada no mercado financeiro, sobretudo o internacional. É variável de acordo conforme a liquidez do tomador, volume de empréstimo e o prazo de resgate. No contexto financeiro, significa a diferença entre o custo de captação de recursos e o custo da taxa de empréstimos, ou a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de um ativo, ou ainda a diferença entre as taxas de juros básicas (de captação) e as taxas finais (custo ao tomador).

Straddle: Compra ou venda, por um mesmo investidor de igual número de opções de compra e de venda sobre a mesma ação-objeto, com idênticos preços de exercício e datas de vencimento.

Subscrição: Lançamento de novas ações, por uma sociedade anônima, com a finalidade de obter os recursos necessários para investimento. Os acionistas de uma empresa possuem a preferência na compra de ações emitidas pelo aumento do capital e com preço inferior ao praticado pelo mercado. O exercício da subscrição deve ser feito em prazo determinado. A quantidade de ações a serem subscritas é proporcional ao número de ações já possuídas pelos acionistas. Embora o direito de subscrição seja reservado aos acionistas da empresa, ele pode ser negociado em bolsas de valores.

Swap: São contratos que estabelecem a troca de risco entre investidores. É o caso de uma empresa que tem receitas em dólar (exportações) e uma dívida corrigida por juros pós-fixados. Esta empresa gostaria de trocar seu risco ‘juro pós-fixado’ pelo risco ‘dólar’. Na outra ponta tem uma empresa varejista nacional, com receitas em reais, um bom caixa aplicado diariamente no mercado (acompanhando portando a evolução dos juros), mas que tem uma dívida em dólar. Esta empresa quer justamente o oposto, quer trocar seu risco ‘dólar’ pelo risco ‘juro pós-fixado’. Estas duas empresas então fazem um contrato de swap entre si, ou através da intermediação de instituição financeira, para trocar uma posição de risco. Swap é um contrato derivativo. Pode ser usado como no exemplo acima, de hedge (seguro), ou como especulação para ter ganhos extraordinários, podendo haver também perdas extraordinárias se a estratégia for perdedora. No mercado, as operações mais comuns destes contratos são de troca de juros prefixados por juros pós-fixados (CDI over), que é o swap prefixado, e swap cambial, de taxa de dólar por juros pós-fixados.



T

Tag along: Direito que garante aos acionistas minoritários, no caso de venda do controle da companhia, as mesmas condições de oferta dadas aos controladores. Em caso de privatização, por exemplo, os acionistas minoritários teriam direito a receber por suas ações o mesmo prêmio pago em leilão aos controladores. Este direito foi retirado da Lei das Sociedades Anônimas na reforma de 1997, com o objetivo de facilitar o processo de privatizações. Está prevista em projeto, no entanto, a sua inclusão na nova lei das S/As.

Taxa de Corretagem: Taxa que as corretoras cobram pelos seus serviços.

Taxa de Desemprego: Nas pesquisas de emprego/desemprego são consideradas várias subdivisões da população: o total da população residente no local da pesquisa; o total de pessoas que estão trabalhando - seja como empregados, autônomos ou como empregadores - que é chamada de população "ocupada"; e, ainda, a parcela da população que está desocupada - ou seja, que está a procura de algum tipo de ocupação, seja ela formal ou não. Todas as pesquisas nesta área estabelecem critérios para limitar a população que julgam qualificadas a assumir algum tipo de ocupação - em geral uma idade mínima. Assim, sob este critério, a junção da população ocupada e desocupada compõe a chamada "População Economicamente Ativa" (PEA). A taxa de desemprego aberto é aquela que relaciona o número de pessoas desocupadas, procurando trabalho na época da pesquisa, e a PEA. Na pesquisa mensal de emprego do IBGE, a população focada é a de idade igual ou superior a quinze anos, e a amostra da pesquisa se circunscreve a seis regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.

TBF - Taxa Básica Financeira: Criada em 29/07/1995 pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para o cálculo é utilizado uma amostra de 30 maiores Instituições Financeiras do país, a partir da remuneração mensal média dos CDBs e RDBs no prazo de 30 a 35 dias. É uma espécie de TR, mas sem o redutor. Tem por finalidade remunerar um novo tipo de caderneta de poupança com prazo mínimo de 90 dias criada pelo Governo dentro de um processo de desindexação. É um índice diário, divulgado pelo Banco Central com a cotação em % no período.

TODA: Título da Dívida Agrária, emitidos pelo governo federal para pagamento de desapropriação de terras pelo projeto de reforma agrária.

TJLP: Taxa de Juros em longo Prazo. Foi criada em dezembro de 1994. É utilizada nas operações de crédito para empresas com recursos do BNDES.

TR - Taxa Referencial: A partir de 29/07/1994, a TR voltou a ser calculada com base no índice de Remuneração Média dos CDBs, deduzida a taxa real de juros equivalente aos 1.3%. É a taxa que define o rendimento das Cadernetas de Poupança e do SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Embora seja usada como indexador dos contratos, a TR é uma taxa de juro e não pode ser confundida com inflação.

Titular de opção: Aquele que tem o direito de exercer ou negociar uma opção.

Títulos mobiliários: Ou valores mobiliários, são títulos emitidos por empresas para captar recursos no mercado. É o caso de ações, debêntures e quotas de fundos de investimento em renda variável. Outros títulos que estão nesta categoria são: bônus de subscrição; notas promissórias; certificados de depósitos de valores mobiliários; índices representativos de carteira de ações; opções de compra e venda de valores mobiliários; direitos de subscrição; recibos de subscrição; quotas de fundos imobiliários; certificados de investimento audiovisual; contratos de parceria para engorda de animais; certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de energia elétrica; recibos de depósitos (depositary receipts, instrumento utilizado na colocação de ações de companhias brasileiras no exterior); e certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Instituições financeiras também podem emitir valores mobiliários.

Título patrimonial da bolsa: Desde que autorizada pelo Banco Central do Brasil, no qual deverá previamente se registrar, a sociedade corretora deverá adquirir um título patrimonial da bolsa de valores em que desejar ingressar como membro.

Trading Post: Sistema de negociações contínuas realizadas por meio de postos de negociações, tendo como objetivo dar homogeneidade aos trabalhos, em função da quantidade de negócios, permitindo, assim, distribuir uniformemente o fluxo de operações pelo recinto (sala de negociações).

Truncagem (de cheques): A Truncagem (retenção) de cheques é um processo onde cheque deixa de trafegar fisicamente no sistema de compensação, isto é, todos os cheques que chegarem a uma agência bancária serão retidos, digitalizados e suas imagens enviadas eletronicamente aos bancos para iniciar o processo de compensação. A truncagem é, literalmente, o fim da troca física.   Esse novo processo de compensação de cheques – testado exaustivamente desde Julho de 2010 – foi implementado oficialmente no dia 20/05/2011. Para a adoção desse novo modelo de circulação eletrônica de cheques por imagem, é importante que os investimentos sejam direcionados de forma precisa, coerente e com alto foco nos processos que geram ganhos de escala e segurança, utilizando-se de tecnologia de ponta e experiência no segmento local e internacional. Compensadas sem troca física de documentos. No caso de cheques, 98% são truncados, com os documentos originais ficando com o banco que trunca o cheque. Benefícios da Truncagem: Redução de custos com fretes aéreos e terrestres, incluindo seus riscos; substancial redução de furtos e extravios; aprimoramento dos processos atuais inserindo tecnologia digital; garantia de manutenção do nível de sigilo bancários e possibilidade de encriptação em todo o processo ou parcialmente; execução de atividades, de acordo com programação da FEBRABAN, dentro das janelas de tempo da compensação,  para cheques superiores e inferiores; possibilidade de aumento do número de praças para trocas de cheques e, conseqüentemente, para captação das imagens; disponibilização das imagens e dados aos bancos de forma automática, gerando mobilidade; redução dos custos com estruturas físicas; redução/eliminação dos custos com tratamento centralizado de cheques; eliminação dos custos de microfilmagem (geração e recuperação); simplificação e automação dos processos de compensação; possibilidade de integração nacional (unificação dos prazos de bloqueio); conferência automatizada e centralizada dos aspectos formais e da assinatura dos cheques através da imagem e redução de atividades de back-office nas agências sacadas.



U

UFIR: Unidade Fiscal de Referência, usada para atualização monetária de tributos e respectivas multas.

Underwriters: Instituições financeiras especializadas em operações de lançamento de ações no mercado primário. No Brasil, tais instituições são, em geral, bancos múltiplos ou bancos de investimento, sociedades distribuidoras e corretoras que mantêm equipes formadas por analistas e técnicos capazes de orientar os empresários, indicando-lhes as condições e a melhor oportunidade para que uma empresa abra seu capital ao público investidor, por meio de operações de lançamento.

Underwriting: Esquema de lançamento de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega um intermediário, ou seja, um agente financeiro, que será responsável por sua colocação no mercado. É a operação de distribuição primária de títulos no mercado de capitais.

União Européia: A União Européia (EU), com sede em Bruxelas, é um bloco regional que compreende 15 países europeus. O processo de cooperação e integração entre os países da Europa ocidental iniciou-se em 1951 com seis países: Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo. Posteriormente, houve 4 expansões, em 1973, com a entrada da Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981, passaram a integrá-la Espanha, Grécia e Portugal; em 1995 foram incluídas Áustria, Finlândia e Suécia. Atualmente, a União Européia prepara-se para a entrada de mais uma onda de países do sul e leste europeu. Os candidatos são: Bulgária, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, República Tcheca e Romênia. A União Européia é regida por uma série de acordos e instituições que regulam aspectos econômicos, sociais e políticos comuns a todos os países-membros. Ela não é apenas uma união aduaneira, mas uma união supranacional de grande abrangência e em constante aprofundamento. Cada vez mais, no decorrer dos anos, as barreiras de toda natureza entre os países que a compõem vão desaparecendo e a União Européia, vai se assemelhando a um país unificado, embora ainda preserve a soberania dos Estados nacionais que a compõem. Ver mais no Dicionário de Geografia Geral, disponível no blog http://geoglossario.blogspot.com/.

UPC: Unidade Padrão de Capital, utilizada como unidade monetária em financiamento de moradias.


V


Valor de exercício da opção: Preço de exercício por ação, multiplicado pelo número de ações que compõem o lote-padrão de uma opção.

Valor futuro: É o valor de um fluxo futuro de recebimentos, no valor nominal a ser recebido na data de vencimento.

Valor intrínseco da opção: Diferença, quando positiva, entre o preço a vista de uma ação objeto e o preço de exercício da opção, no caso de uma opção de compra, e entre o preço de exercício e o preço a vista, no caso de uma opção de venda.

Valor nominal da ação: Valor mencionado no estatuto social de uma empresa e atribuído a uma ação representativa de seu capital.

Valor Patrimonial da ação: Resultado da divisão entre o patrimônio líquido e o número de ações da empresa.

Valor presente: É valor atual (descontado) de um fluxo futuro de recebimentos monetários. Os valores futuros são descontados pela taxa de juro compatível com o risco do investimento. Desta forma, o valor presente de um título de renda fixa do governo federal é descontado para valor presente por uma taxa de juro menor do que o título de uma empresa que tenha dificuldades para honrar seus compromissos.

Valor unitário da Ação – VUA: Quociente entre o valor do capital social realizado de uma empresa e o número de ações emitidas.

Valor Venal: É o valor de mercado de um produto. Não é o valor real do produto, nem necessariamente incorpora seu custo de produção. É o valor com que pode ser comercializado - mais alto ou mais baixo, dependendo das circunstâncias do mercado.

VAR - Value at Risk: O VAR é uma medida estatística usada para medir o risco de mercado de carteira de ativos e/ou passivos. Busca medir, em termos financeiros, o impacto na carteira das variações de taxa de juros, dólar, preço das ações etc.

Variação: Diferença entre os preços de um determinado título em dois instantes considerados.

Venda em margem: Venda, a vista, de ações obtidas por empréstimo, pelo investidor, em uma sociedade corretora que opere em bolsa. É uma modalidade de operações da Conta Margem.

Viés de juros (Copom): Termo que designa tendência. Por exemplo, quando a reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) divulga a taxa básica de juros (Selic), divulga também o viés da taxa (de alta, baixa ou neutro). Ou seja, define qual a tendência que a taxa de juros poderá seguir até a próxima reunião. Não há um compromisso por parte do Banco Central de alterar os juros nesta direção, mas não deixa de ser um indicativo de tendência para o mercado.

Volatilidade: Indica o grau médio de variação das cotações de um título em um determinado período. Medida da freqüência da oscilação dos preços de um ativo financeiro ou índice numa Bolsa de Valores. Em estatística, é o desvio-padrão.

Voto: Direito que tem o proprietário de ações ordinárias (ou preferenciais não destituídas dessa faculdade) de participar das deliberações nas assembléias gerais.



Referências